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Hungria

Orbán diz que com Trump no poder mundo entrará numa "era de paz"

21 dez, 2024 - 16:21 • Lusa

Orbán e Trump defendem valores muito semelhantes, centrados na importância da visão tradicional da família e na crítica às políticas de género.

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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, disse este sábado que, com a chegada ao poder do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o mundo viverá uma nova realidade e entrará numa "era da paz".

"Estamos a enfrentar mudanças muito grandes, passaremos da era da guerra para a era da paz", disse Orbán na sua tradicional conferência de imprensa de final do ano, ao falar sobre as recentes eleições nos Estados Unidos da América.

Segundo o primeiro-ministro da Hungria, se o novo presidente dos EUA, que tomará posse em 20 de janeiro, "fizer apenas parte do que prometeu, o mundo enfrentará mudanças tremendas".

Orbán mencionou, entre outros, que a nova realidade mudará a forma de pensar a família, as políticas de género, a guerra ou a economia.

Sobre estas questões, Orbán e Trump defendem valores muito semelhantes, centrados na importância da visão tradicional da família e na crítica às políticas de género. Ambos apelam a um cessar-fogo imediato na Ucrânia.

O primeiro-ministro da Hungria aludiu às promessas de Trump de alcançar a paz na Ucrânia, afirmando que se trata de um interesse partilhado pela Hungria, dizendo que tem apoiado a Ucrânia com um programa humanitário mas "sem enviar armas" ao país com quem partilha fronteiras. A Ucrânia foi atacada pela Rússia em fevereiro de 2022.

Orbán, considerado um dos líderes europeus com relações mais próximas com Moscovo, é muito crítico em relação às políticas da União Europeia (UE) em relação à Ucrânia.

Este sábado reiterou que as sanções comunitárias contra a Rússia, que "estão a causar sofrimento à economia europeia, devem ser suspensas o mais rapidamente possível".

Relativamente à exigência de Trump de que os países membros da NATO aumentem o seu orçamento militar para 5% do produto interno bruto (PIB), Orbán disse que a Hungria só poderia implementar tal mudança gradualmente pois atualmente isso equivaleria a um "tiro no pulmão" da economia magiar.

Relativamente ao Parlamento Europeu, o primeiro-ministro afirmou que com a criação do grupo Patriotas pela Europa, com a participação de partidos de extrema-direita como o Vox espanhol ou o Reagrupamento Nacional francês, as políticas contrárias às "tendências liberais" ganharam novo impulso.

Segundo Orbán, com a chegada de Trump ao poder as forças liberais perdem terreno e "só controlam Bruxelas".

Ataque em mercado de Natal na Alemanha está relacionado à imigração, diz Orbán

Ainda na conferência de imprensa deste sábado em Budapeste, Viktor Orbán expressou as suas condolências pelo ataque contra um mercado de Natal em Magdeburg e relacionou-o com a imigração.

"Estes fenómenos só existem na Europa desde a crise migratória", disse, ainda que considerando que seria "oportuno" esperar vários dias antes de tirar conclusões políticas.

Na sexta-feira, um ataque com um carro contra o mercado de Natal de Magdeburgo, na Alemanha fez pelo menos cinco mortos.

As autoridades detiveram um homem de 50 anos no local do ataque, na sexta-feira à noite, e levaram-no sob custódia para interrogatório. O alegado autor é um médico saudita, especialista em psiquiatria e psicoterapia.

Descrevendo-se a si próprio como um antigo muçulmano, partilhou diariamente dezenas de 'tweets' e 'retweets' centrados em temas anti-islâmicos, criticando a religião e felicitando os muçulmanos que abandonaram a fé.

O alegado autor do ataque, que vive na Alemanha há quase duas décadas, também manifestou o seu apoio à Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema-direita e anti-imigração.

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  • O que fazer
    21 dez, 2024 UE 21:34
    A Polónia, País que vai substituir a Hungria na Presidência rotativa da UE, deve começar por abrir portas e janelas de par em par, para sair o fedor de Órban e da Hungria, o mais rápido possível. Depois, cancelar o máximo possível de apoios da UE à Hungria, e retirar todos os oficiais militares Hungaros de postos de relevância impedindo que tenham acesso a quaisquer segredos ou planos, mesmo de pouca importância. E claro, cancelem as entradas no resto da UE a quem venha com vistos passados pela Hungria, principalmente Russos e Bielorrussos.

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