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Ciclone Chido. Quase 100 mortos e 110 mil casas destruídas em Moçambique

22 dez, 2024 - 19:36 • Ricardo Vieira, com Reuters

Mais de 200 escolas também sofreram danos. Bispo de Pemba fala em situação crítica.

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Ciclone Chido causa destruição no distrito de Mecufi, em Cabo Delgado. Foto: Unicef/Reuters
Ciclone Chido causa destruição no distrito de Mecufi, em Cabo Delgado. Foto: Unicef/Reuters
Destruição causada pelo Ciclone Chido, em Pemba; Foto: Fundação AIS
Destruição causada pelo Ciclone Chido, em Pemba; Foto: Fundação AIS

Aumentou de 73 para 94 o número de mortos provocados pela passagem do ciclone Chido por Moçambique. Há também registo de 768 feridos.

O novo balanço foi avançado este domingo pelo Instituto de Gestão de Redução do Risco de Catástrofes (INGD).

Mais de 110 mil casas foram totalmente destruídas e cerca de 30 mil habitações sofreram estragos.

Um total de 109 mil alunos, 250 escolas e 1.126 salas de aulas foram afetadas pelo ciclone Chido.

Foram instaladas em centros de acomodação 1.349 desalojados, adianta o INGD.

A província de Cabo Delgado é uma das mais afetadas pela destruição causada pelo Chido.

Em entrevista à Renascença, o bispo de Pemba, D. António Juliasse, vários distritos de Cabo Delgado sofreram perdas avultadas.

Nas “zonas devastadas, 80% das famílias com casas de construção local, com material local, paus e capim, estão destruídas”, e estas famílias vão passar o Natal “sem habitação, sem teto e perderam tudo o que tinham dentro das casas”, afirma D. António Juliasse.

Olamide Harrison, representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, disse na quarta-feira que o crescimento económico do país em 2024 deverá ser revisto em baixa em relação à previsão anterior de 4,3%, devido ao impacto do ciclone e da agitação civil pós-eleitoral.

Em outubro, Daniel Chapo, candidato do partido no poder de Moçambique, Frelimo, foi declarado vencedor das eleições presidenciais, seguindo-se uma onda de protestos.

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