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Moçambique

“Somos todos irmãos.” Chapo promete governar para todos os moçambicanos

23 dez, 2024 - 17:02 • Ana Kotowicz com Reuters

Chapo, que considerou que a sua eleição é uma “vitória para todos os moçambicanos”, defendeu a necessidade de reforçar a unidade nacional na diversidade, “o alicerce fundamental da democracia”.

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"Sem divisões, nem ódios", Daniel Chapo promete fazer de tudo para manter a paz em Moçambique. O candidato da Frelimo foi esta segunda-feira confirmado como vencedor das presidenciais em Moçambique pelo Conselho Constitucional, depois de mais de dois meses de contestação nas ruas do país devido aos resultados que remeteram Venâncio Mondlane, do Podemos, para segundo lugar.

"Somos todos irmãos", disse Daniel Chapo, falando na na sede nacional da Frelimo, onde prometeu "governar para todos os moçambicanos". Além disso, sublinhou que o diálogo “é o único caminho da harmonia social”.

“Aproveito para reafirmar de uma forma inabalável cada compromisso que fiz aos cidadãos moçambicanos”, disse Daniel Chapo, prometendo que “vai manter a paz” em Moçambique sem “divisões, nem ódios”, acrescentando que, para si, "governar é cuidar", e cuidar "como quem cuida da família".

Chapo, que considerou que a sua eleição é uma “vitória para todos os moçambicanos”, defendeu a necessidade de reforçar a unidade nacional na diversidade, “o alicerce fundamental da democracia”. E terminou com uma alusão aos protestos que fizeram mais de 100 mortos no país: “Seremos uma nação. A verdadeira força é ouvirmo-nos uns aos outros.”

Conselho Constitucional confirma vitória da Frelimo

O Conselho Constitucional de Moçambique confirmou esta segunda-feira a vitória de Daniel Chapo nas eleições de 9 de outubro: o candidato apoiado pela Frelimo foi declarado vencedor nas presidenciais com 65,17% dos votos.

Venâncio Mondlane, do Podemos, conseguiu 24,19% dos votos e Ossufo Momade, candidato apoiada pela Renamo, obteve 6,62%. Já Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, conseguiu 4,02%.

A leitura do acórdão por Lúcia Ribeiro, presidente do Conselho Constitucional, surge depois de mais de dois meses e meio de contestação. Os protestos massivos dos grupos de oposição – que acreditam que a eleição foi fraudulenta - acabaram por gerar pelo menos 130 mortos. Também observadores ocidentais garantiram que a eleição não foi livre e justa.

O Conselho Constitucional tem a palavra final sobre o processo eleitoral e a sua decisão poderá desencadear mais protestos em Moçambique, um país da África Austral com cerca de 35 milhões de pessoas que a Frelimo governa desde 1975.

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