25 dez, 2024 - 12:45 • Redação com agências
A Rússia lançou na manhã deste Dia de Natal um forte ataque com mísseis e drones à infra-estrutura energética da Ucrânia.
Moscovo classificou a ação como "massiva" e fala em "sucesso", enquanto o Presidente urcraniano, Volodymyr Zelensky, apelida os ataques de "desumanos"
Para Zelensky, a Rússia fez uma “escolha consciente” de lançar o ataque no Natal, tendo milhares de pessoas em Kiev recolhido a estações do metropolitano em busca de proteção.
Como consequência da operação russa, há cortes de energia um pouco por todo o país.
A força aérea da Ucrânia diz que a Rússia visou instalações energéticas ucranianas usando “mísseis aéreos, terrestres e marítimos”, bem como drones. No total, a Força Aérea detetou 184 "alvos aéreos inimigos".
A Força Aérea afirma que, de acordo com dados preliminares, até ao meio-dia, hora local (10:00 GMT), foram abatidos 59 mísseis e 54 drones (113 no total), e outros 52 drones “não atingiram os seus alvos ”.
As áreas com instalações energéticas atacadas incluem Kharkiv, Kiev, Dnipropetrovsk, Poltava, Zhytomyr, Ivano-Frankivsk e Zaporizhia.
A Força Aérea da Ucrânia também confirma que houve vítimas no ataque, embora não diga quantas.
A sucessão de ataques em dia de Natal levou também à destruição de várias habitações em Kharkiv
Por sua vez, o Ministério da Defesa da Rússia afirma que as suas forças “realizaram um ataque massivo com armas de precisão de longo alcance e atacaram drones em instalações críticas de infraestruturas energéticas na Ucrânia que garantem a operação do complexo militar-industrial”.
“O objetivo do ataque foi atingido."
Numa mensagem publicada no X, Maia Sandu, líder da Moldova condenou os ataques do exército russo.
"Enquanto os nossos países celebram o Natal, o Kremlin opta pela destruição – visando a infra-estrutura energética da Ucrânia e violando o espaço aéreo da Moldova com um míssil, acções que violam claramente o direito internacional. A Moldávia condena estes atos e manifesta total solidariedade com a Ucrânia", declarou.
[Notícia atualizada às 15h23 com declarações de Maia Sandu]