24 dez, 2024 - 22:22 • Redação
Tudo indica que a promessa foi cumprida: a sonda Parker da NASA conseguiu estar mais próximo do que nunca do Sol, durante a missão que está a levar a cabo para estudar a sua atmosfera. E enquanto batia esse recorde, a sonda - lançada em 2018 - esteve exposta a temperaturas de 930 graus Celsius. Como termo de comparação, sabe-se que o ferro, fora do solo, derrete a cerca de 1.510º C.
Lançada para uma missão de sete anos, o objetivo da NASA é que a Parker aprofunde os conhecimentos científicos sobre o Sol, o que poderá ajudar a perceber melhor as tempestades solares e os seus impactos nas comunicações terrestres.
A sonda passou ao lado do Sol às 11h53 TMG (mesma hora em Lisboa), a 6,2 milhões de quilómetros da superfície da estrela, uma proximidade recorde. Mas, apesar do otimismo na NASA, vai ser preciso esperar mais um pouco para ter mais certezas: só na sexta-feira será recebido um sinal da sonda, uma vez que os cientistas perderam o contacto direto com a Parker durante vários dias.
"Este é um exemplo das missões audaciosas da NASA, que está a realizar algo que nunca ninguém fez antes para responder a perguntas de longa data sobre o nosso universo", disse o cientista Arik Posner, do programa Parker Solar Probe, em comunicado.
"Estamos impacientes para receber a primeira atualização e começar a receber dados científicos nas próximas semanas", acrescentou.
Durante a aproximação ao sol, a sonda Parker viajou a cerca de 690.000 quilómetros/hora, enquanto o seu escudo térmico suportou temperaturas de cerca de 870 a 930 graus Celsius.
Esta aproximação é a primeira de três passagens recorde, estando as duas seguintes previstas para 22 de março e 19 de junho de 2025, a uma distância semelhante do Sol.