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Costa condena corte de cabo submarino e visa "frota fantasma" da Rússia

27 dez, 2024 - 17:16

Presidente do Conselho Europeu condena "veementemente qualquer destruição deliberada da infraestrutura crítica da Europa".

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O presidente do Conselho Europeu, António Costa, condena o corte de mais um cabo submarino no Mar Báltico e promete medidas para lidar com a chamada "frota fantasma" da Rússia.

"Condeno veementemente qualquer destruição deliberada da infraestrutura crítica da Europa", escreveu António Costa na rede social X (antigo Twitter).

O ex-primeiro-ministro português assinala que pretende "trabalhar para fortalecer a resposta e a preparação comuns da UE, incluindo lidar com a frota fantasma da Rússia".

António Costa adianta que tem estado em contacto com as autoridades da Finlândia e da Estónia por causa do corte de um cabo submarino que liga os dois países.

A NATO prometeu esta sexta-feira reforçar a presença militar no Mar Báltico, perante suspeitas de sabotagem por parte da Rússia.

"A NATO vai reforçar a sua presença militar no Mar Báltico", escreveu hoje na rede social X o secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, indicando que falou com o Presidente finlandês, Alex Stubb, "sobre a investigação em curso liderada pela Finlândia sobre a possível sabotagem de cabos submarinos".

"Manifestei a minha total solidariedade e apoio", adiantou.

Logo na quinta-feira, o secretário-geral da Aliança Atlântica condenou aquela que disse ser a "possível sabotagem de cabos submarinos no Mar Báltico", demonstrando logo apoio a Talin e Helsínquia.

Mark Rutte disse estar pronto a apoiar a Estónia e a Finlândia, países membros da organização, no apuramento de responsabilidades.

A polícia finlandesa declarou suspeitar que o petroleiro Eagle S, proveniente da Rússia e suspeito de integrar a chamada "frota-fantasma" russa (usada por Moscovo para transportar petróleo, apesar das sanções europeias), esteja envolvido na avaria do cabo elétrico submarino entre a Finlândia e a Estónia ocorrida na quarta-feira.

Na quinta-feira, a União Europeia condenou "a destruição deliberada de infraestruturas" dos países do bloco comunitário, após este novo corte de um cabo submarino.

O petroleiro Eagle S já foi intercetado e encontra-se atualmente ao largo da costa de Porkkala, a cerca de 30 quilómetros de Helsínquia, após a intervenção de um barco-patrulha finlandês.

Segundo o Ocidente, a chamada "frota-fantasma" russa é constituída por navios que transportam petróleo russo e contornam as sanções impostas a Moscovo na sequência da guerra contra a Ucrânia.

Estes navios-tanque que transportam petróleo russo são uma importante fonte de financiamento para a Rússia continuar a sua guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão do país em fevereiro de 2022.

Desde então, foram já vários os incidentes ocorridos no Mar Báltico.

Os gasodutos Nord Stream, que outrora transportavam gás natural da Rússia para a Alemanha, foram danificados por explosões submarinas em setembro de 2022.

As autoridades consideraram que se tratou de sabotagem e abriram um inquérito criminal.

Comentários
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  • Confisco
    28 dez, 2024 puro e simples 11:53
    Condenações, não bastam. É preciso aumentar a presença naval no Báltico e acompanhar qualquer barco russo ou que trabalhe para eles, nem que seja por drone ou satélite, quando as rotas coincidirem com passagem sobre cabos submarinos Ocidentais. E caso aconteçam "avarias", intersectar e conduzir a portos NATO, esse barco com vista ao apuramento de factos. Se os russos tentarem resistir, uns tiros de aviso vão mostrar-lhes que as ações têm consequências e a Rússia não é a dona do Mundo. E se houver responsabilidades, é confiscar pura e simplesmente o navio.

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