31 dez, 2024 - 00:52 • João Pedro Quesado com Reuters
Um tribunal sul-coreano aprovou esta terça-feira um mandado de detenção ao Presidente Yoon Suk Yeol, que foi destituído e suspenso do poder depois da decisão de impor a lei marcial a 3 de dezembro.
Yoon é atualmente alvo de uma investigação criminal sobre acusações de insurreição. A emissão do mandado de detenção acontece depois de os investigadores anunciarem ter pedido esse mandado a um tribunal de Seul.
Os invetigadores justificaram o pedido com a recusa de Yoon a comparecer para ser interrogado, o que aconteceu pela terceira vez no domingo.
Destituído pelo Parlamento em 14 de dezembro, Yoon Suk-yeol está atualmente suspenso enquanto se aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre a validação da decisão dos deputados, estando proibido de sair do país.
O dirigente está a ser investigado por rebelião, um crime punível com a morte, por ter imposto lei marcial em 3 de dezembro e enviado o exército para o parlamento, antes de recuar algumas horas mais tarde sob pressão dos deputados e da população que saiu à rua para se manifestar.
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De acordo com a comunicação social local, Yoon, de 64 anos, recusa-se igualmente a receber as convocatórias enviadas pelo Tribunal Constitucional, que realizou uma primeira audiência sobre o caso na sexta-feira.
O Tribunal tem seis meses para confirmar ou anular a destituição de Yoon. Se optar pela primeira hipótese, terão de se realizar eleições presidenciais no prazo de dois meses.
No plano político, o presidente interino em funções desde meados de dezembro, o primeiro-ministro Han Duck-soo, foi igualmente destituído na sexta-feira, depois de os deputados o terem acusado de tentar obstruir a investigação sobre o consideraram uma tentativa de golpe de Estado de Yoon.
O novo chefe de Estado interino, o ministro das Finanças Choi Sang-mok, prometeu "pôr fim à crise governamental" sem precedentes na quarta maior economia da Ásia.