O ministro da Educação, Nuno Crato, disse esta sexta-feira não estar satisfeito com a taxa de alunos no ensino superior e adiantou ter requerido aos serviços “um primeiro inquérito” para analisar a falta de candidaturas.
O governante, que falava aos jornalistas em Bruxelas, à margem de um Conselho Europeu de Ministros para a Competitividade, Mercado Interno, Indústria, Investigação e Espaço, referiu estar à espera “que termine a terceira fase e os concursos especiais para analisar em conjunto esta questão”, mas que já pediu “à direcção-geral de Estatísticas de Educação e Ciência que fizesse uma recolha de dados e um primeiro inquérito para fazer uma primeira análise”.
“Este é um assunto que nos preocupa e que temos discutido com as universidades e os politécnicos”, afirmou o ministro da Educação e Ciência, que defendeu que “Portugal tem fazer um esforço muito maior em geral na educação”.
“Temos uma taxa de alunos no ensino superior que não nos satisfaz, que tem de aumentar, o número de alunos que chega às universidades e que conclui [os cursos] nas universidades e politécnicos tem de aumentar e estamos a tomar medidas neste sentido”, declarou.
Questionado sobre se o elevado número de vagas por preencher se deve à falta de condições económicas das famílias, Nuno Crato respondeu: “Não digo que não, nem digo que sim, é uma explicação possível, mas temos bolsas de acção social que têm estado a funcionar com grande sucesso, com grande rapidez, têm aumentado o seu valor médio e têm sido atribuídas a mais estudantes nos últimos anos”.
“Há vagas por preencher, tudo isto será melhor analisado no final da terceira fase, temos de avançar mais na adaptabilidade dos cursos às necessidades do país, incentivar jovens a estudar nos cursos superiores, os cursos superiores especializados são uma peça importante desse trabalho”, observou.
Segundo a tutela, mais de metade das vagas a concurso na 2ª fase de acesso ao ensino superior ficaram por preencher, com 11.648 lugares deixados vagos em 20.818 colocados a concurso.