22 jun, 2015 - 21:11
Personalidades das áreas da política, artes, cultura e académicos estão a recolher assinaturas para um referendo ao Acordo Ortográfico (AO1990) e querem questionar sobre a matéria os candidatos a cargos políticos nas próximas eleições.
De acordo com um comunicado dos promotores da iniciativa, pretende-se que "finalmente os cidadãos se pronunciem sobre um assunto que sempre foi decidido e imposto sem a sua participação".
António Arnaut ou Manuel Alegre (PS), Pacheco Pereira ou Manuela Ferreira Leite (PSD), Bagão Félix ou Lobo Xavier (CDS-PP), o realizador de cinema António-Pedro Vasconcelos, o escritor Miguel Sousa Tavares, o maestro António Victorino d´Almeida ou o músico Pedro Abrunhosa, são algumas das figuras públicas que dão a cara pela realização do referendo.
Da lista fazem parte também escritores, professores e cientistas, todos juntos numa iniciativa que nasceu em Abril passado num fórum realizado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com o título "Pela Língua Portuguesa, diga NÃO ao Acordo Ortográfico de 1990".
Além do referendo, os promotores querem também perguntar às forças políticas e aos candidatos presidenciais o que pensam sobre o Acordo, se o utilizarão no exercício do cargo caso sejam eleitos, de que forma Portugal se deve de desvincular (se for o caso) e em que sentido votarão a iniciativa de referendo na Assembleia da República.
A iniciativa tem 52 mandatários. O referendo, segundo a Constituição (artigo 115.º - 2) pode resultar de iniciativa de cidadãos dirigida à Assembleia da República. São necessárias 75 mil assinaturas.