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Há escolas públicas e privadas a ser investigadas por suspeita de inflacionar notas

09 jul, 2015 - 14:59

Em quatro escolas foram instaurados processos de inquérito para uma investigação mais aprofundada de indícios de responsabilidade disciplinar.

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O secretário de Estado de Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, não revela o nome das quatro escolas que estão a ser investigadas, mas garante que há estabelecimentos de ensino públicos e privados.

Em declarações aos jornalistas, em Lisboa, esta quinta-feira, o governante disse que a Inspecção-geral de Educação e Ciência fez “averiguações em 10 estabelecimentos de ensino, que apresentavam notoriamente um maior desalinhamento entre as classificações internas e as classificações de exame”.

“Com base nisso produziu recomendações, que foram já no passado mês de Junho verificadas se estavam a ser acolhidas. Na generalidade, estavam a ser acolhidas. A Inspecção-geral de Educação e Ciência achou também que deveria averiguar melhor quatro das situações, é isso que decorre nesta altura e por decorrer não terei nenhum pormenor para vos poder dar”, acrescentou o secretário de Estado.
 
O secretário de Estado do Ensino recusa que a iniciativa deste processo esteja relacionada o alerta feito pelo Conselho Nacional de Educação, afirmando que o trabalho é agora possível graças ao cruzamento de dados.

A Renascença sabe que foram feitas recomendações de correcção nos procedimentos de avaliação dos alunos, que estão já a ser cumpridas. A quatro delas foram instaurados processos de inquérito para uma investigação mais aprofundada de indícios de responsabilidade disciplinar.

Para evitar casos idênticos no futuro, o Ministério da Educação promete novas intervenções para seguir o cumprimento das recomendações e preparar o próximo ano lectivo.

Comentários
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  • pedro
    14 mai, 2016 lx 12:38
    A inflação resulta dos rankings, que foram criados para começar a arranjar argumentos para poder financiar interesses privado em detrimento da escola pública, e ao mesmo tempo exercer poder de controlo (político) sobre os professores e as escolas públicas, com base no "desemprenho". Falem com o Sócrates que ele explica: "sou o ministro que a direita gostaria de ter". Seria bom que o PS tivesse a coragem de limpar a sua imagem e aplicar a Constituição: ensino público de qualidade para todos (o que não inibe o privado de existir, mas isso são negócios particulares).
  • Anton
    04 mai, 2016 Faro 20:07
    Quais comentários?
  • Maria
    04 mai, 2016 Lisboa 09:45
    Muitos destes comentários revelam como a maioria do povo tem os olhos tapados. Só porque as escolas são privadas, já custam mais os contribuintes. No entanto, na educação, como na saúde, cada utente custa muito menos ao Estado no privado do que nas instituições públicas.

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