16 jul, 2015 - 02:54
O candidato presidencial António Manuel Sampaio da Nóvoa ainda não sabe se vai contar com o apoio do PS nas eleições de Janeiro do próximo ano.
O antigo reitor da Universidade de Lisboa falava aos jornalistas em Sintra, à margem da apresentação da sua comissão de candidatura para as presidenciais de 2016.
A pergunta tinha sido deixada num dos discursos da noite pelo presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves: “Diga-me uma coisa. O PS vai apoiar o ‘Tó Mané’?”
“Tó Mané” é Sampaio da Nóvoa, para os familiares e amigos de longa data. Para o autarca minhoto também vai ser nome de candidato apoiado pelos socialistas.
“Estamos à espera de perceber, estamos um pouco angustiados. O nosso partido vai apoiar o ‘Tó Mané’? E descansem, que o PS que eu conheço vai, certamente, apoiar o Tó Mané”, afirmou Miguel Alves.
Questionado pelos jornalistas, Sampaio da Nóvoa diz que ainda não sabe, mas um eventual apoio será bem-vindo. Sublinha que essa é uma pergunta para fazer ao PS.
O candidato à Presidência da República define a sua candidatura como "independente" e adverte que a mesma não serve para "disputas entre os partidos ou dentro deles".
Durante a sua intervenção, em Sintra, disse também que não há um problema exclusivo da Grécia, antes um de cariz europeu que deve ser encarado "com coragem".
"Não nos podemos resignar perante o que se está a passar na Europa. É inaceitável que, a pretexto de dificuldades financeiras de um dos Estados-membros, se pretenda interferir nas decisões soberanas de um povo ou humilhar as instituições que democraticamente o representam", defendeu o candidato presidencial.
Sampaio da Nóvoa registou impressões da volta que tem feito pelo país. Num tempo “dramaticamente excepcional”, diz, vê um Portugal devastado pela pobreza e pelo desemprego, apesar de o Governo dizer que “estamos melhor”.