Uma análise às contas da Autoridade Nacional da Protecção Civil permite concluir que 37,4% dos incêndios florestais que deflagraram neste mês de Agosto começaram à noite, entre as 20h00 e as 8h00.
O padrão vem-se repetindo nos últimos verões e aponta para uma origem duvidosa.
Desde o início do mês, os incêndios já destruíram cerca de nove mil hectares de floresta, valor idêntico ao apresentado pela Autoridade de Protecção Civil relativo a todo o mês de Julho.
Ao início desta terça-feira de manhã, são 12 os incêndios activos. O fogo de Caminha, que teve início no último sábado em Vila Nova de Cerveira, é o que continua a mobilizar mais meios, com quase 400 efectivos no terreno, apoiados por cerca de 130 viaturas.
De acordo com a Protecção Civil, os difíceis acessos complicavam o trabalho deste fogo, que mantém duas frente activas.
Duas frentes tem também o fogo no Parque Natural da Serra da Estrela, em Gouveia, no distrito da Guarda, onde três frentes lavram sem controlo. Duas centenas de operacionais combatem as chamas.
Ainda registo de um incêndio no concelho de Arouca, também com duas frentes, que consome floresta. O comando distrital da protecção civil de Aveiro refere que o combate ao fogo decorre de forma desfavorável.
Entretanto, foi reaberta a Linha da Beira Alta, depois do corte provocado pelo incêndio em Mangualde, no distrito de Viseu. As chamas foram dominadas, depois de o fogo ter ameaçado várias habitações durante o dia de segunda-feira.
Dominado foi também o incêndio em Penacova, no distrito de Coimbra – que mantinha duas frentes nesta terça-feira de madrugada. O combate às chamas mobilizou mais de duzentos operacionais.
De madrugada foi também controlado o fogo em Monção, no distrito de Viana do Castelo.