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Deputado português quer Estado Islâmico julgado no TPI

31 ago, 2015 - 21:48

Ribeiro e Castro considera que o "rol interminável de crimes contra a Humanidade" levado a cabo pelos jihadistas merece uma acção no Tribunal Penal Internacional.

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O deputado José Ribeiro e Castro quer promover uma mobilização do Parlamento português e outros parlamentos europeus para mover uma acção contra o autoproclamado Estado Islâmico no Tribunal Penal Internacional (TPI).

A iniciativa será apresentada na quinta-feira numa reunião extraordinária da comissão parlamentar de Negócios Europeus, e conta com o apoio, a título pessoal, do seu presidente, o social-democrata Paulo Mota Pinto.

Ribeiro e Castro explicou à agência Lusa que a ideia é "conseguir-se a organização de um caso judicial contra o autodesignado Estado Islâmico no Tribunal Penal Internacional" com sede em Haia, na Holanda.

O antigo presidente do CDS-PP disse já estar em contacto com parlamentares de outros países no sentido de se concretizar uma "mobilização entre parlamentos europeus e da União Europeia, para que o Conselho de Segurança das Nações Unidas também analise uma acção contra o autoproclamado Estado Islâmico e todos os que o financiam e ajudam".

Para já, conta com o apoio de Paulo Mota Pinto: "Apoio a iniciativa. Acho que se justifica", afirmou à Lusa, referindo estar a pronunciar-se a título pessoal.

Ribeiro e Castro argumentou que a Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, já se pronunciou contra a destruição de património na cidade síria de Palmira colocando essas acções como "um crime de guerra sancionado internacionalmente".

"Também considero muitíssimo grave a destruição do património, mas mais do que contra pedras temos assistido a crimes contra a Humanidade contínuos, ao genocídio de comunidades, e é esta palavra que devemos usar, genocídio", afirmou.

"É o genocídio de cristãos e yazidis, violações de mulheres, execuções bárbaras e sumárias, declarações horrorosas que provocam a humanidade inteira, um rol interminável de crimes contra a Humanidade que merece a acção do Tribunal Penal Internacional", declarou, sublinhando que "é o Estado Islâmico que também está na origem da gravíssima crise migratória".

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