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Coimbra

Três famílias da Síria e uma do Sudão vão fazer de Penela a sua terra

05 set, 2015 - 09:00 • Paula Costa Dias

Os refugiados vão ocupar apartamentos e ser acompanhados por técnicos. Objectivo: a integração plena.

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Três famílias da Síria e uma do Sudão que fugiram à guerra e estão actualmente num campo de refugiados no Egipto encontrarão, dentro de sete dias, um lar na vila de Penela, no distrito de Coimbra. O acolhimento acontece graças a um projecto da Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo que começou a ser desenvolvido no ano passado.

Os refugiados vão ocupar apartamentos que a fundação adquiriu com a perspectiva da plena integração. Os apartamentos "permitem dotar as famílias de autonomia e privacidade", diz Jaime Ramos, o presidente da fundação.

O objectivo é que "cada casal tenha os seus filhos ao pé, que possa fazer a sua própria comida, que possa aprender português, adaptar-se aos nossos costumes, tentar arranjar emprego e, ao fim de dez meses, em que a União Europeia subsidia a sua permanência, eles sejam capazes de serem uma família autónoma".

A iniciativa busca a integração, o mesmo que a coordenadora do projecto, Nataliya Bekh, conseguiu depois de ter deixado a Ucrânia há 12 anos. Para esta ex-professora primária, a colaboração com estes refugiados é uma forma de fazer a quem precisa o que os portugueses fizeram por ela.

O projecto é na sua maioria financiado por fundos comunitários, pelo que, assegura o vice-presidente da autarquia, a população local só tem a ganhar. "Não há quaisquer despesas por parte do município com estas famílias", diz Emídio Domingues.

"A vinda destas famílias vai enriquecer o nosso território do ponto de vista cultural e humano", afirma.

A população local parece estar disponível para acolher estes refugiados. "Se estivesse na mesma situação agradecia que também me acolhessem", diz uma residente. "Vai correr tudo bem uma vez que estamos aqui a acolhê-los com carinho e a dar-lhes tudo aquilo que eles precisam" , afirma outro morador.

A acompanhar estes refugiados estará uma equipa pluridisciplinar. Nos horizontes da Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional está o acolhimento de até 200 refugiados. A disponibilidade já foi transmitida ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, mas a resposta ainda não chegou.
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  • lina maria
    12 set, 2015 Angola 14:55
    Ainda bem que Portugal está disposto a receber essas famílias, espero que sejam bem recebidos, pois além de não irem ocupar o lugar de ninguém...(os Portugueses não aceitaram as casas, pois tinham que ir trabalhar...) eles vão aprender a tratar as terras, que ninguém quer dobrar a coluna....Eles vão ser uma benção para as aldeias desertas e sem crianças! Deus e os Portugueses os ajudem!!!! E que não comecem já com a conversa de sempre: ah, pois e tal, cá há muitos pobres...bla´bla, blá, pois mas também há muita coisa a fazer...e trabalhar, para quê, se o dinheiro que o Estado lhes dá, é bem melhor que dobrar a mola......Venham de lá os Refugiados e sejam bem vindos!!!!!!

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