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Reitores satisfeitos com mais alunos a entrar no ensino superior

06 set, 2015 - 11:17

Este domingo foram reveladas as colocações na primeira fase. A segunda decorre entre 7 e 18 de Setembro.

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O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Cunha, mostra-se satisfeito com o aumento de alunos a entrar no Ensino Superior.

Dos 48 mil candidatos, apenas seis mil não conseguiram garantir a entrada nesta primeira fase. Pela primeira vez em quatro aumenta o número de alunos a encontrar vaga nas universidades e politécnicos.

“Acho que é um dado positivo sobretudo para Portugal e para o futuro da nossa economia e da nossa sociedade. Portugal precisa de mais gente com formação superior e Portugal e a sociedade portuguesa precisa de elevar os seus níveis educacionais”, diz à Renascença António Cunha.

O presidente do CRUP destaca o “aumento, na ordem dos quatro mil alunos, relativamente ao ano passado” e a “inversão de uma tendência de alguma diminuição que se verificou nos últimos três anos”. “Parece-me algo de muito positivo”, acrescenta.

De acordo com os dados, 42.068 estudantes conseguiram nesta fase um lugar no ensino superior público, o que representa 87,1% dos 48.271 candidatos e um aumento percentual de 11,4% face a 2014 no que diz respeito a novas entradas nas universidades e politécnicos nesta fase de acesso.

Com mais 5.851 candidatos a concorrer este ano à 1.ª fase relativamente a 2014 e com menos 265 vagas disponíveis nas instituições de ensino superior públicas, apenas metade dos candidatos (50,5%) conseguiram ficar colocados no curso da sua preferência.

Os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior foram divulgados este domingo pela Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES).

O presidente do CRUP defende que as instituições têm "sabido interpretar a realidade", adaptando a oferta de cursos à procura, dando o exemplo da Engenharia, em que as universidades reduziram as vagas nos cursos de engenharia civil e aumentaram nos cursos de informática e novas tecnologias.

Admitindo que continua a haver cursos sem candidatos, António Cunha explica que "a lógica da procura é muito dinâmica", em função da perspectiva do mercado de trabalho e até de "modas", e, por isso, fechar nem sempre é a melhor solução.

O responsável deu o exemplo do curso de Engenharia Têxtil, com 30 anos na Universidade do Minho, que, nos últimos anos, não teve qualquer candidato e que este ano preencheu todas as vagas na primeira fase.

"Este ano tem dez candidatos no concurso do acesso ", adiantou, explicando que representa o número total de vagas abertas, tendo o último candidato concorrido com um nota de 13,46 e que "teria sido um erro a universidade ter fechado" este curso.

Depois de anos de crise na indústria têxtil, com notícias constantes do encerramento de fábricas e despedimentos no vale do Ave e do Cávado, a recuperação deste sector fez disparar a procura desta licenciatura.

A 2.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior decorre entre 7 e 18 de Setembro, período durante o qual é possível entregar as candidaturas no portal da DGES.

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