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Dia Mundial do Alzheimer. A necessidade de cuidar dos cuidadores

21 set, 2015 - 11:06

“É muito comum [os cuidadores] entrarem num estado de depressão e de ansiedade, de dificuldade muitas vezes em tomarem conta até de si próprios”, alerta uma especialista. Existem em Portugal mais de 180 mil pessoas com demência.

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Assinala-se esta segunda-feira o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Estima-se que, em Portugal existam cerca de 182 mil pessoas com demência e a perspectiva é que o número duplique nas próximas duas décadas.

Os doentes de Alzheimer exigem um apoio especializado e pleno dos cuidadores porque regra geral, tornam-se totalmente dependentes. Os lares ainda são poucos e a resposta surge, melhor ou pior, da família e apoio domiciliário.

Um doente de Alzheimer “requer uma atenção 24 horas por dia por parte do cuidador, o que também é extremamente desgastante e, portanto, é muito comum entrarem num estado de depressão e de ansiedade, de dificuldade muitas vezes em tomarem conta até de si próprios”, alerta a psicóloga e responsável pela formação da Alzheimer Portugal, Ana Margarida Cavaleiro.

A especialista explica que, na “necessidade de tomar conta da pessoa com demência acabam por descuidar sintomas que eles próprios têm – não só psicológicos, como físicos, de doenças físicas que têm, que não recorrem ao médico porque, por exemplo, não têm com quem deixar a pessoa com demência”.

A degradação mental e física dos doentes pode, assim, deixar marcas nas pessoas que cuidam deles. As dificuldades crescem à medida que a doença avança. Por isso, Ana Margarida Cavaleiro avisa que, quem precisa, não deve hesitar em pedir ajuda. A associação disponibiliza uma linha telefónica com esse objectivo: a “INFORMAR +” (213610465).

“A pessoa pode telefonar para obter informações, para obter apoio psicológico”, entre outras coisas, refere a psicóloga.

Além disso, no site da associação há informação abundante que pode ajudar os cuidadores a ultrapassar muitas das dificuldades que enfrentam no dia a dia com os doentes com demência.

Há vários anos que a Associação Alzheimer Portugal se bate por um Plano Nacional para as Demências que responda às necessidades dos doentes, cuidadores e profissionais de saúde. Enquanto não é aprovado, vai sensibilizando a sociedade para a doença.

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  • Jorge Manuel Ferreira de Almeida
    22 set, 2015 Figueira da Foz 16:40
    Como cuidador que sou há já 15 anos "A TEMPO INTEIRO" de minha esposa com 93% de incapacidade, sinto-me como é natural , cansado mas sem nunca desistir desta tão nobre missão. Nos últimos cinco anos e após uma convulsão o estado de saúde tem-se vindo a agravar (por isso os seus 93% de incapacidade). Quanto a apoios poderei dizer que poucos ou mesmo nada ou seja tudo quanto tenho feito por minha esposa tem sido na base que acho fundamental e precioso o "GRANDE AMOR QUE POR ELA SINTO" todo o resto vem pela experiência que fui adquirindo ao longo de todos estes anos. Vou tentando gerir todo o meu tempo de forma própria ou seja, ajudando-me a mim mesmo a ultrapassar dificuldades inerentes ao seu estado de saúde, procurando nas mais pequeninas coisas que eventualmente me possa dar, Ou seja "UM SORRISO NUM OLHAR, NUM BEIJO, que ela me possa dar. Devo dizer que estado em que se encontra é de total dependência "NÃO FALA, NÃO ANDA"e mesmo assim, são nas pequeninas coisas que procuro a força para continuar no minuto seguinte. Por tudo isto e com tudo isto "ESTOU VIVO" e com vontade de continuar a ajudar quem tanto AMO. No entanto há que lamentar a falta de apoios de quem de direito, para com quem cuida a 100% destes doentes, refiro-me como é natural ao PRÓPRIO GOVERNO DESTE PAÍS, que pela sua insensibilidade ou "IGNORÂNCIA INTERESSEIRA" nada fazem para aliviar o peso, a dor, o sacrifício, a desilusão da vida e o abandono que todos nós CUIDADORES sentimos. Um abraço para todos
  • Filomena Mendonça
    21 set, 2015 Porto 14:04
    Agradeço á Dra Laura Canelas da Associação de Alzheimer de Viseu todo o apoio e carinho que me deu quando necessitei de cuidados para a minha Mãe que sofre desta doença. Lamento é que lar da Sta. Casa Misericordia do Porto me tenha dado a seguinte resposta aquando da minha entrevista para institucionalizar a minha Mãe: "Minha senhora, leia aqui os nossos estatutos onde pode verificar que não aceitamos pessoas com demência. Boa tarde " !!!!!!!! e nem mais uma palavra!
  • JOSÉ JOÃO MARTINS
    21 set, 2015 Bragança 11:56
    A minha esposa vem dando sinais de demência cada vês mais acentuados . Anda em tratamento no Hospital Pedro Espano em Matosinhos e, a médica afirma que não se trata da doença de Alzheimer mas e só de demência provocada por uma destruição de neurónios causada por uma ligeiro AVC quando ainda se encontrava a dar aulas como professora de Frances no ensino secundário.

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