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Governo fixa número de refugiados para Portugal em 4.500

23 set, 2015 - 10:20

Em declarações à Renascença, o ministro adjunto, Miguel Poiares Maduro, sublinha que, “enquanto as pessoas estiverem na situação de grave risco em que se encontram, todos nós temos um dever moral de oferecer protecção e refúgio”.

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O Governo português não assume a possibilidade de Portugal receber mais do que 4.500 refugiados. “Neste momento, temos de falar daquele número, que é o número que existe e que foi fixado pela União Europeia”, afirmou, em declarações à Renascença, o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.

Os líderes da União Europeia ratificam esta quarta-feira, em Bruxelas, o acordo para a distribuição de 120 mil migrantes, mas o entendimento que não teve o apoio da Hungria, Eslováquia, República Checa nem da Roménia.

Sobre a quota portuguesa, Poiares Maduro sublinha que “não vale a pena estar a tentar especular sobre as questões possíveis, que, neste momento, não estão sobre a mesa, e que nem existem a nível europeu”, sublinhando, de seguida, que "enquanto as pessoas estiverem na situação de grave risco em que se encontram, todos nós temos um dever moral de oferecer protecção e refúgio”.

“O nosso país não vai apenas cumprir com a sua parte num contexto de esforço comum europeu, mas, estou seguro, vai fazê-lo de forma adequada e de forma que a garanta uma boa inclusão dos refugiados na nossa sociedade”, remata Poiares Maduro.

CNIS prepara-se para acolher mais do que os 4.500

O presidente da Confederação Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade (CNIS), padre Lino Maia, confirmou, entretanto, à Renascença que estão ser criadas condições que permitem antever uma maior capacidade de acolhimento de refugiados em Portugal.

"As instituições de solidariedade, paróquias e autarquias estão a criar condições para acolher, no imediato, muitas famílias, sabendo muito embora que essas quatro mil e tal, para já, não serão [acolhidas] no imediato", adverte o padre Lino Maia. "É ao longo de dois anos que virão", esclarece.

Sobre se as instituições estarão preparadas para ultrapassar os 4.500, 5.000 refugiados, Lino Maia considera que é possível. "Penso que sim. Penso que as condições que estão a ser criadas permitem antever uma maior capacidade de acolhimento."

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, vai dar uma conferência de imprensa às 11h30 (hora portuguesa), para esclarecer os termos da decisão tomada na terça-feira pelos ministros do Interior dos estados-membros relativamente aos refugiados oriundos de África e do Médio Oriente.

Comentários
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  • jose
    23 set, 2015 portug 16:44
    Duvido que sejam só 4500, esta é provavelmente só a primeira remessa, pro ano vão entrar ainda mais acho que daqui a dois ou três anos o numero será de 20000 ou 30000 só em portugal daqui a dez anos um milhão ou lá perto
  • cabo da roca
    23 set, 2015 peninsula iberica 15:21
    A questão é fraturante e deveria ser decidida por referendo e não pelos políticos profissionais. A questão humanitária resolve-se acolhendo os frágeis: as crianças, jovens, idosos vuneráveis. Excluem-se todos os outros. A questão demográfica portuguesa do envelhecimento da população resolve-se, educando-os afetivamente, emocional e politicamente nos valores culturais portugueses e da lusofonia e que dizem respeito aos 8 séculos de história única no mundo.
  • Alberto Martins
    23 set, 2015 Lisboa 14:52
    "Governo fixa número de refugiados para Portugal em 4.500". COMO????? Cá está a veia de ilusionista deste governo para enganar as pessoas. Facto 1 - Inicialmente o governo aceitava 1500 refugiados. Facto 2 - Depois baixou esse número para 1300 refugiados. "Miguel Poiares Maduro, sublinha que, “enquanto as pessoas estiverem na situação de grave risco em que se encontram, todos nós temos um dever moral de oferecer protecção e refúgio”. TRETAS!!!! Facto 3 - Vamos receber 4500 porque a UE nos impõe e nos obriga. Facto 4 - E se a UE resolver impor 5000/6000/7000...O governo só vai ter que baixar as calças. Facto 5 - Sou a favor da ajuda aos refugiados...mas sou visceralmente contra hipocrisias e hipocritas como este maduro.
  • Pedro
    23 set, 2015 Oeiras 14:44
    Só tenho pena que os refugiados tenham mais apoios sociais que os inúmeros Portugueses desempregados, devido a estes seis anos de crise económica, que se viram obrigados a entregar as suas casas por não poder pagá-las e que ficaram na miséria sem ajudas nenhumas, assim como os milhares de jovens Portugueses obrigados a emigrar ficando assim famílias separadas. Para estes não houve solidariedade nem do Governo Português e nem da União Europeia, pelo contrário, só houve cortes e retirada de apoios sociais.

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