25 set, 2015 - 11:27
"Sentem que é uma oportunidade que tiveram de agarrar, mas se não fossem forçados a fazê-lo, sentiam-se bem, e, na sua maioria, gostaram do seu empregador e, portanto, não têm grandes razões de queixa".
Cerca de 100 trabalhadores portugueses deixam esta sexta-feira a Base das Lajes, nos Açores, duas semanas depois de um primeiro grupo de 40 pessoas ter saído da base militar, no âmbito da redução da presença norte-americana.
Até Marco de 2016, o número total de trabalhadores portugueses a despedir-se da base - num processo faseado, concretizado quinzenalmente - deve ascender a cerca de 400.
As rescisões por mútuo acordo já terão sido todas assinadas, apesar de a Comissão Representativa dos Trabalhadores (CRT) portugueses não saber ao certo se os 421 trabalhadores a quem foi proposto o acordo aceitaram assiná-lo.
O presidente da CRT, Bruno Nogueira, referiu que, entre os trabalhadores que agora saem, existe um "sentimento agridoce": "Sentem que é uma oportunidade que tiveram de agarrar, mas se não fossem forçados a fazê-lo, sentiam-se bem, e, na sua maioria, gostaram do seu empregador e, portanto, não têm grandes razões de queixa".
Entre os que aceitaram deixar a base estão muitos em idade de reforma e outros que, com 45 anos de idade, 15 de descontos e 10 de serviço, têm acesso a uma pensão extraordinária, até que atinjam a idade da reforma.
Actualmente, segundo os trabalhadores, o hospital, a escola e várias habitações, entre outros serviços dentro da base, estão encerrados e o movimento rodoviário é reduzido.