28 set, 2015 - 20:28
A resolução da crise de refugiados "não pode ficar refém de bloqueios por mais tempo", afirmou esta segunda-feira o Presidente da República, Cavaco Silva, na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.
Perante os líderes mundiais, Cavaco Silva declarou que os “direitos humanos são património comum da humanidade” e têm que ser defendidos, “independentemente da geografia”.
O chefe de Estado português falou da “trágica situação humanitária” em países como a Síria, o Iraque ou a Líbia e dos conflitos que provocaram milhares de mortos e a pior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial.
Estes conflitos já tiveram um preço elevado em termos de vidas humanas e “devem impelir-nos a agir de forma solidária e responsável”, defendeu Cavaco Silva, que deu o exemplo de Portugal, que desde a primeira hora manifestou disponibilidade para receber refugiados.
O Presidente da República também defendeu na Assembleia Geral da ONU que a ameaça terrorista “exige uma resposta firme e concertada” e que também é preciso actuar sobre as causas do jihadismo.
Sobre a instabilidade na Guiné-Bissau, manifestou esperança nos actores políticos e na sua capacidade para resolver a situação.
Cavaco Silva também apelou ao combate à violência sobre as mulheres. O “alarmante” número de casos de violência doméstica “não podem continuar impunes”, declarou.
Nesta intervenção por ocasião dos 70º aniversário das Nações Unidas, Cavaco Silva também falou da importância do Mar, nas suas várias vertentes, e do papel de Portugal como país empenhado na preservação dos oceanos.