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Mais um episódio no adeus às Lajes. Despedem-se mais 100 trabalhadores

09 out, 2015 - 08:58

Na quarta-feira, o Senado norte-americano aprovou a Lei do Orçamento da Defesa para 2016 que refere a necessidade de reavaliação das valências das Lajes, no concelho da Praia da Vitória.

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As Lajes depois dos americanos
As Lajes depois dos americanos

Cerca de 100 trabalhadores formam esta sexta-feira o terceiro grupo de funcionários portugueses a abandonar as Lajes, na ilha Terceira, Açores, no âmbito da redução da presença norte-americana na base militar.

Até Março de 2016, vão abandonar a base, de forma faseada, entre 420 e 430 trabalhadores portugueses que aceitaram assinar uma rescisão por mútuo acordo, com direito a indemnização e, na maior parte dos casos, a reforma ou pensão extraordinária até à idade da reforma.

A 11 de Agosto saiu um primeiro grupo de cerca de 40 trabalhadores, seguindo-se mais uma centena a 25 de Setembro e hoje, pelas contas da Comissão Representativa dos Trabalhadores (CRT) portugueses da base, que não tem números oficiais, saem entre 90 e 100 funcionários.

Segundo a CRT, os que escolheram continuar a trabalhar ainda não sabem que postos vão ocupar e temem ser despedidos.

Segundo Luís Moniz, da comissão, de um modo geral as rescisões por mútuo acordo "estão a decorrer com calma e serenidade", mas os cerca de 370 trabalhadores que optaram por continuar a trabalhar nas Lajes ainda não foram informados sobre o processo de preenchimento das vagas deixadas livres.

Apesar de os Estados Unidos da América (EUA) se terem comprometido, na última reunião da Comissão Bilateral Permanente, a manter 405 postos de trabalho, os trabalhadores portugueses temem ser despedidos por falta de qualificações para ocupar as vagas que se mantêm.

Entretanto, na quarta-feira, o Senado norte-americano aprovou a Lei do Orçamento da Defesa dos Estados Unidos da América para 2016, que refere a necessidade de reavaliação das valências na base das Lajes, localizada no concelho da Praia da Vitória.

Em comunicado, o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, considerou a referência "mais um passo na defesa do papel que esta base deve continuar a desempenhar no âmbito das relações entre Portugal e os EUA".

A versão aprovada no Senado inclui a exigência de que o secretário da Defesa elabore até 1 de Março de 2016 um relatório sobre as valências do equipamento e entrará em vigor após a assinatura do Presidente norte-americano.

Vasco Cordeiro sublinhou que este é o "terceiro ano consecutivo em que o Congresso dos EUA se expressa, de forma clara, a favor de uma análise cuidada, por parte do Departamento de Defesa do Governo dos EUA, sobre as potencialidades que a base das Lajes oferece".
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  • Bruno
    09 out, 2015 Lisboa 09:55
    A Rússia não estava interessada, a que fazer já um pré acordo que os EUA revêem logo a redução de pessoal e de actividade como aconteceu no passado. Somos um pais que serve sempre o mesmo e se verga perante alguém que não merece ao invés de olhar ao orgulho nacional.

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