16 out, 2015 - 19:06
A defesa de José Sócrates diz que é “mentira” que tenha sido o Ministério Público a propor a libertação do ex-primeiro-ministro. “Querem esconder uma derrota”, afirmou João Araújo aos jornalistas.
“Foi uma libertação imposta pela Relação de Lisboa”, afirmou o advogado de Sócrates, questionado pelos jornalistas sobre a mudança da medida de coacção aplicada ao ex-primeiro-ministro.
O advogado criticou o Ministério Público por "esconder que levou uma trepa" e que não pode continuar com os "expedientes dilatórios". "É uma vigarice, é uma tentativa de enganar as pessoas."
"A Procuradora-geral insiste que foram eles que libertaram o engenheiro José Sócrates. Foi uma decisão imposta pelo Tribunal da Relação", disse João Araújo, que falava à saída da casa onde José Sócrates permaneceu durante 42 dias em prisão domiciliária.
“Ao fim destes meses todos vamos confirmar o que sabemos. E o que sabemos é que o engenheiro José Sócrates está preso ilegalmente desde o dia 15 de Abril", diz.
O juiz Carlos Alexandre decidiu mudar as medidas de coação aplicadas a José Sócrates e Carlos Santos Silva. Os dois arguidos da "Operação Marquês" deixam a prisão domiciliária, mas ficam proibidos de sair do país sem autorização e de contactar outros arguidos.