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Risco de consumir alheiras "é zero", garante Francisco George entre garfadas

22 out, 2015 - 13:24 • Olímpia Mairos

Para prová-lo, o director-geral da Saúde provou... uma alheira de Mirandela.

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O director-geral da Saúde garantiu, esta quinta-feira, que o risco de consumir produtos regionais transmontanos como as alheiras "é zero". Num almoço com os presidentes de câmara e agentes económicos ligados ao sector, Francisco George fez questão de degustar alheira de Mirandela.

Francisco George falava no Palácio dos Távoras, em Mirandela, onde se deslocou a convite dos presidentes de Câmara do distrito de Bragança, para esclarecer a polémica com os cinco casos de botulismo alimentar associados a alheiras de uma marca comercial e que está a causar impacto negativo nos produtos certificados regionais de Trás-os-Montes.

“Não é uma iniciativa de propaganda. Estou aqui para garantir, em termos de Saúde Pública, que o risco de consumir esses alimentos, no que respeita ao botulismo, é zero”, afirmou o director-geral da Saúde, acrescentando que o problema que desencadeou esta situação “foi controlado”.

“O problema que aconteceu naquela marca não existiu nas outras marcas”, garantiu Francisco George, alertando para o facto de não podemos “confundir um problema, que é grave e que foi identificado numa marca, com os produtos da região de outras marcas”.

Francisco George referiu ainda ter participado nesta iniciativa pública, com dados concretos sustentados nas análises feitas no laboratório do Instituto Ricardo Jorge e na colaboração dos serviços da ASAE neste processo.

O director-geral de Saúde referiu-se ao botulismo como “um dos venenos mais perigosos” que provoca, uma vez ingerido, “além de um quadro sintomático típico digestivo como náuseas, vómitos, diarreia e cólicas abdominais, sobretudo a paralisia de alguns músculos oculares, da face e da deglutição”.

Perdas de 70% no sector

O presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, mostrou-se satisfeito com a deslocação do director-geral da Saúde a Mirandela na medida em que “veio esclarecer que não há risco no consumo dos produtos regionais”.

“Acho que é importante que haja aqui um encerrar desta questão”, afirmou, lembrando “as grandes perdas para a economia local, com muitas encomendas suspensas e reduções que rondaram os 70%”.

O autarca de Mirandela deu o exemplo de “uma fábrica que produzia 10 toneladas por dia” e que, “durante uma semana chegou a vender duas toneladas de alheira”, acrescentando que a polémica “parou as fábricas e a actividade” e afectou todo o sector que “assegura 600 postos de trabalho só em Mirandela”.

A polémica foi desencadeada a 26 de setembro, quando as autoridades confirmaram casos de botulismo alimentar ligados ao consumo de alheiras de uma empresa de Bragança, comercializadas com a marca “Origem Transmontana”. Os produtos foram retirados do mercado, mas a desconfiança instalou-se junto dos consumidores relativamente aos enchidos em geral desta região.

Os efeitos fizeram-se sentir de imediato no cancelamento de encomendas aos produtores de Alheira de Mirandela, um dos enchidos mais característico de Trás-os-Montes.


Comentários
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  • Alberto Sousa
    24 out, 2015 MONTIJO 14:06
    Da raia de Espanha, nem bom vento, nem boa alheira, nem bom casamento.
  • Serrote
    22 out, 2015 Águeda 15:37
    Primeiro deita-se abaixo um sector, depois vêm os paninhos quentes, o dito por não dito...bom apetite para o George-alheira...
  • José Gonçalves
    22 out, 2015 Alfragide 15:12
    Sónia Santos? Quem é?
  • Francisco Fernando
    22 out, 2015 Caldas da Rainha 15:09
    Lembrais-vos da triste figura que, há anos, certo político fez quando se atirou ao rio Tejo que toda a gente sabia estar poluidíssimo pois não passava de um enorme cano de esgoto? Não quero fazer comparações ... mas... e que lhe faça muito bom proveito.
  • José Gonçalves
    22 out, 2015 Alfragide 14:55
    Quem é este senhor? Pensem bem nos comentários do senhor até hoje, bate sempre na trave.
  • O Alheiras
    22 out, 2015 Mirandela 14:17
    Ó George, pela minha parte não é por aí, eu sempre comi e continuarei a comer alheira onde e quando me apetecer! Mas também não é o facto de andares a fazer marketing que altera as coisas, enxerga-te!

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