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Deco contesta descontos no IMI só para algumas famílias

28 out, 2015 - 16:51

Associação defende, por exemplo, a actualização automática da idade e do valor de construção do imóvel.

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A Associação para a Defesa do Consumidor (Deco) anunciou esta quarta-feira que vai exigir ao Governo a revisão automática dos coeficientes que determinam o valor patrimonial dos edifícios, no sentido da redução no IMI para todas as famílias.

"Há muito que a Deco defende a actualização automática da idade e do valor de construção do imóvel", o que representaria "um benefício, por igual, a todas as famílias", refere a organização, em comunicado.

A partir das regras estabelecidas pelo Governo para a redução da taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) até 20%, para agregados com filhos dependentes, a associação concluiu que, com base nos concelhos que não aplicarão o desconto, pelo menos "240 mil famílias estavam já excluídas do benefício".

A estimativa, publicada na revista Dinheiro& Direitos, baseou-se no cruzamento dos agregados com filhos e casa própria (Censos 2011) e seis dezenas e meia de autarquias que não adoptam o IMI familiar, algumas porque preferem reduzir a todos os proprietários e 30 porque estão obrigadas à taxa máxima por estarem em processo de reequilíbrio financeiro.

O IMI familiar prevê uma redução de 10% para as famílias com um filho, de 15% para dois dependentes e 20% para três ou mais, mas as autarquias podem comunicar até 30 de Novembro à autoridade tributária valores inferiores para cada situação ou apenas para um escalão.

Para a Deco, os benefícios criados pelo Governo para reduzir o IMI, apesar de dependerem da vontade das câmaras e da existência de filhos dependentes, "são sempre bem-vindos", mas o benefício poderia ser para todos.

Nesse sentido, a associação contestou o facto de, "neste momento, os pedidos de avaliação e as alterações do coeficiente de qualidade e conforto continuarem a não ser claras".

"As tabelas usadas pelas Finanças serem apenas para consulta dos seus funcionários e estarem vedadas ao consumidor, não é um factor que ajude, assim como o método que o `fisco` aplicará nas famílias dispensadas da entrega [da declaração fiscal] ou as que estão desempregadas", frisou a associação.

A instituição de defesa dos consumidores defendeu "a revisão automática dos coeficientes" que determinam o valor patrimonial dos imóveis, medida vantajosa para todos os proprietários e de menor visibilidade, mas, em contrapartida, "mais favorável para a carteira dos portugueses".

De acordo com fonte oficial da Deco, a associação vai reiterar junto do Ministério das Finanças para rever as normas de aplicação do IMI e disponibiliza na sua página da internet - http://www.paguemenosimi.pt - informação e um simulador onde os contribuintes podem verificar se estão a pagar IMI a mais.

Comentários
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  • Bea
    13 nov, 2015 Algarve 12:52
    Tem razão Sr Seixão. Por aí é que se devia começar. Sabe, por exemplo, que o estadio do Algarve tem 3 gestores? Eu só gastava de saber para gerir o quê? Jogos´....só quando o rei faz anos.... outros eventos...nem vê-los. E quantos mais casos poe esse país fora??????????? Haja coragem de mudar o que está errado.
  • SEIXAL
    29 out, 2015 SEIXAL 08:49
    Devo ser um Génio, ninguém ainda pensou em baixar a despesa do Estado, como por exemplo, COLOCAR direitos iguais para todos (mesmas horas de trabalho, mesma idade de reforma, menos câmaras, menos deputados, mais informática, adse/adma para todos (se da lucro) com uma estrutura, banco de fomento dentro da CGD, menos estruturas, ..... e promovessem o crescimento económico, sentenças judiciais a tempo e horas , criminalização do ilícito, licenças com menos intervenção das câmaras, ou seja, procedimentos iguais em todos os municípios, ou seja normalização dos actos. .. E acabar com tanto imposto, que mina o investimento, a confiança, Resumo um D.Henriques, um D. Joao II, alguém com provas dadas, será pedir muito....
  • Carlos Oliveira
    28 out, 2015 Braga 22:09
    A redução do IMI deveria ser extensível a todas as famílias. Contemplando tão só quem tem filhos dependentes constitui uma medida discriminatória. Aliás, o benefício resultante dessa redução, no cômputo geral, é nulo. Não é por pagar menos 50 euros anuais, que as famílias vão ter mais filhos. Foi mais uma atoarda do governo da coligação. Opção, nitidamente populista.
  • Suelly
    28 out, 2015 Lisboa 21:00
    Totalmente de acordo com a DECO. As familias que não têm filhos para beneficiarem da reduçao, já os tiveram e nunca tiveram benesses. As habitações estão mais velhas e com menor valor, por isso devia ser obrigatório ser revisto anualmente o coeficiente.
  • Jose Maria Vicente B
    28 out, 2015 Albufeira 20:20
    O IMI é um roubo maior que o do BPN !!.-NB-Em 2011 pagava 400 e tal euros e este ano pago 900 e tal !!!!
  • Rui
    28 out, 2015 Sacavém 19:24
    Também eu!! Que, desde 2009, tenho sido espoliado de maneira vergonhosa!!!!

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