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Um terço dos enfermeiros recém-licenciados emigrou para o Reino Unido

28 out, 2015 - 19:27

Mais de 30 mil portugueses foram viver para o Reino Unido no último ano.

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Cerca de um terço dos enfermeiros portugueses licenciados em 2013 foi trabalhar para o Reino Unido, actualmente o principal país de destino dos emigrantes nacionais.

De acordo com o Relatório da Emigração 2014, divulgado esta quarta-feira pelo Governo, no ano passado um total de 30.544 portugueses foram viver para o Reino Unido, mantendo-se a tendência de crescimento dos últimos cinco anos.

O fluxo migratório para o Reino Unido tem "características novas", sendo o país de destino em que "é maior a proporção de portugueses qualificados", indica o documento elaborado pelo segundo ano consecutivo pelo gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.

Os enfermeiros constituem um caso particular: Portugal forma entre 3.000 a 3.500 enfermeiros por ano, segundo a Ordem dos Enfermeiros, e "cerca de um terço deste número, 1.211 enfermeiros portugueses, começou a trabalhar em 2013 no Reino Unido, segundo a Nursing and Midwifery Council".

De forma geral, "o emprego no Reino Unido foi obtido através de agências empregadoras que, neste país ou em Portugal, recrutam enfermeiros portugueses", acrescenta o documento do executivo.

A emigração permitiu, "na maioria dos casos, percursos de mobilidade profissional", refere o relatório: "Se antes de emigrarem metade dos inquiridos procurava o seu primeiro emprego e 16% tinha perdido o emprego, depois da emigração para o Reino Unido todos estavam empregados".

O número dos que tinham um posto especializado de trabalho mais do que duplicou com a emigração, passando de 72 para 167. Ou seja, a emigração não só permitiu o acesso ao emprego, tanto por recém-licenciados, como por profissionais desempregados, como permitiu concretizar percursos de promoção profissional", de acordo com um estudo citado pelo documento do Governo que abrangeu 349 enfermeiros portugueses.

O mesmo estudo revela ainda que mais de metade dos inquiridos não pretende regressar a Portugal antes da reforma, posição inversa à intenção de regresso ao país de origem no curto-médio prazo expressa por uma grande percentagem de imigrantes, no contexto das migrações internacionais.

De acordo com o Relatório da Emigração elaborado pelo Governo, cerca de 110 mil portugueses emigraram em 2014, tal como no ano anterior.

Comentários
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  • Carlos
    15 dez, 2015 LISBOA 13:29
    E depois ainda se anda com a conversa que em Portugal as pessoas são "muito qualificadas". Evidentemente,que à custa do estado depois será fácil emigrar, e a razão é a seguinte quem se forma nas universidades estatais seriam obrigados a prestar serviço no público e aqueles que se formam nas privadas iriam para onde entendessem.
  • Alberto Sousa
    29 out, 2015 MONTIJO 13:20
    Como? Mas que li eu? Estes "jornalistas!. Será possivel, não se terem enganado? Sempre pensei, que os portugueses eram todos muito felizes, neste país abençoado,que os viu nascer, com altissímo nível de vida, como não há outro na Europa, e só comparável, ao nivel de vida da Somália, (tambem cá, há muitos piratas), e donde não querem sair, (só se for de rastos).
  • Nuno Crato
    28 out, 2015 Lisboa 23:54
    Notícia certa, matemática errada!!!! Os 1.211 enfermeiros não eram todos recém-licenciados, portanto o título está errado!!! Quem foi o jornalista que fez a conta??
  • António Costa
    28 out, 2015 Cacém 22:46
    E depois ainda se anda com a conversa que em Portugal as pessoas são "pouco qualificadas". Evidentemente, as que são qualificadas emigram, pois ganham em Portugal ( se arranjarem trabalho! ) por mês o que no Reino Unido recebem por semana!
  • JMF
    28 out, 2015 Frankfurt 20:43
    Será que os governos que forçam mais de 2% (oficiais) da população a emigrar não deveriam ser julgado por este atentado ? Regressar ? eheheheh creio que no dia em que as galinhas tiverem dentes Portugal estará livre da corja que por ai reina. Nesse dia voltarei.

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