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Desmaios, atrapalhações e surpresas. 15 anos de tomadas de posse

30 out, 2015 - 08:53

A par da componente formal das tomadas de posse dos novos Governos, as cerimónias dos últimos 15 anos acabaram também por ficar marcadas por situações inesperadas. Recorde o "best of" das cerimónias, desde Cavaco a Guterres, passando por Santana, Portas e Sócrates.

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O desmaio de Cavaco, a atrapalhação de Santana com o discurso, o ar espantado de Portas quando ouviu que também seria ministro do Mar, foram momentos que marcaram as tomadas de posse dos Governo nos últimos 15 anos.

A par da componente formal das tomadas de posse dos novos Governos, as cerimónias dos últimos 15 anos acabaram também por ficar marcadas por situações inesperadas, como o repentino desfalecimento do actual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, durante a tomada de posse de António Guterres como primeiro-ministro, em 1995, no Palácio da Ajuda.

Pedindo depois desculpas pela perturbação causada, Cavaco Silva, que nesse dia se despedia de dez anos à frente do executivo, explicou que as últimas horas tinham sido "terríveis" devido a razões pessoais.

Quatro anos depois, António Guterres regressou ao Palácio da Ajuda para a posse do seu segundo Governo, desta vez sem incidentes, mas com algumas novidades no elenco governamental, como a criação do novo ministério da Igualdade, entregue a Maria de Belém Roseira, e a junção dos ministérios da Economia e das Finanças.

Dois anos e meio depois, a 6 de Abril de 2002, pouco depois das 11h00, o Governo de coligação PSD/CDS-PP chefiado por Durão Barroso começou também a tomar posse, numa cerimónia que decorreu sem perturbações.

Em Julho de 2004, depois da saída de Durão Barroso do Executivo para presidir à Comissão Europeia, foi Pedro Santana Lopes que tomou posse como primeiro-ministro, numa cerimónia rica em pequenos "episódios". Terceiro ministro a ser empossado, Paulo Portas não escondeu o espanto quando ouviu que a sua pasta iria designar-se não apenas Defesa, mas incluiria também os Assuntos do Mar.

Depois, quando Santana Lopes discursou pela primeira vez enquanto primeiro-ministro, acabou por trocar as páginas, saltando parágrafos e voltando atrás no discurso, que se prolongou por cerca de 30 minutos.

Ainda antes da tomada de posse tinha-se gerado outra pequena 'confusão', com Teresa Caeiro, que conforme se recordou na altura é "filha e neta de militares", a ser dada como certa a meio da tarde no ministério da Defesa, como secretária de Estado adjunta do ministro da Defesa e dos Antigos Combatentes. Contudo, a verdade é que ao final da mesma tarde, Teresa Caeiro acabaria por tomar posse como secretária de Estado das Artes e do Espectáculo.

Apenas oito meses depois, tomou posse o primeiro Governo de José Sócrates, mas, ao contrário do que é habitual, no início da troca de saudações entre os novos ministros e os cessantes, as atenções não se concentraram no cumprimento entre o chefe do novo executivo e o seu antecessor, que chegou com dez minutos de atraso, à semelhança do ministro da Defesa cessante, Paulo Portas.

Depois das críticas contundentes com que o CDS-PP recebeu a nomeação do seu fundador para ministro do primeiro Governo de maioria absoluta socialista, os 'holofotes' dirigiram-se para o cumprimento frio entre Paulo Portas e Freitas do Amaral, que não durou mais de três segundos e deu apenas tempo para o líder dos democratas-cristãos desejar "felicidades" ao novo titular da pasta dos Negócios Estrangeiros.

As duas tomadas de posse mais recentes, do segundo Governo de José Sócrates em 2009 e do primeiro executivo liderado por Pedro Passos Coelho, que tomou posse a 21 de Junho de 2011, não ficaram marcadas por episódios dentro do Palácio da Ajuda, mas registaram pequenas manifestações no exterior da dupla de humoristas "Homens da Luta".

Comentários
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  • carlos
    30 out, 2015 gaia 12:43
    Se fosse o PSD/CDS, mantinha um governo de gestão até eleições antecipadas. Tenho a certeza absoluta, que os partidos da esquerda, (principalmente o PS) levavam um trambolhão tão grande, que nem em décadas recuperavam. O povo português é inteligente demais para se deixar enganar por quem quer fazer um golpe de estado, só porque não suportam uma derrota clara. É PRECISO TER LATA não tenho partido (só para informar) últimos votos meus PS e PSD/CDS
  • Pandeiro
    30 out, 2015 Caldas 11:40
    E ja agora, gente irrevogavel!
  • qa
    30 out, 2015 lx 11:33
    A foto é genial: a paixoneta de PP por Passos é linda.
  • Jose
    30 out, 2015 Setubal 10:32
    Já não conseguimos fazer um texto sem meter umas palavras inglesas. será resultado do acordo ortográfico?
  • Zé Povinho
    30 out, 2015 Lisboa 10:26
    Portugal tem vivido uma espécie de Ditadura ideológica, altamente lesiva em termos sociais e de Soberania. O atual governo só vê mercados, mercados, mercados, mercados e não faz nada, ABSOLUTAMENTE NADA, pelas pessoas(questão humana), pelos Portugueses: as empresas despedem, e eles batem palmas; as crianças passam fome e eles nada fazem; centenas de milhar de famílias falidas e eles nada fazem para as ajudar. Precisamos de mercados saudáveis MAS em paralelo de igual importância em termos de políticas, a componente social, também!!! Precisamos de criar empresas e incentivar criação de emprego ESTÀVEL(coisa que o atual governo não tem feito, aliás, tem feito precisamente o contrário)! Havendo confiança (financeira) das famílias, elas investem, consomem, aumenta a taxa de natalidade, pagam impostos e a qualidade de vida da sociedade, volta ao desejável. Com o atual governo, as empresas despedem e não são penalizadas! Com o atual governo, se houver empresas sem funcionários, melhor! Com o atual governo, rouba salário e regalias aos mais necessitados, para dar ao INTOCÁVEIS ricos! Com o atual governo, resultou + desemprego; + emigração; + dívida; + famílias falidas
  • carlos costa
    30 out, 2015 lx 10:21
    Por que razão a RR e outros MCS não se limitam a apresentar de forma objetiva as notícias e se deixam de fazer futurologia. É provável que um caldeirão de esquerdas, não sufragado pelo povo, derrube o governo empossado, mas não cabe as MCS fazer considerações de ordem tempora o fazer profecias autorializaveis.
  • Luis
    30 out, 2015 lisboa 10:19
    Este sem duvida vai ser o melhor governo que a direita já teve.
  • julio faitao
    30 out, 2015 chaves 09:58
    Ditadura do Cacicado-Portugal Tema: Os líderes políticos da Ditadura do Cacicado estão de cabeça perdida! Estas Eleições Legislativas estão transformadas numa sorça! As leis são feitas com base na lógica! Sendo assim; a coligação (provisória) PSD/CDS, não tem Bancada própria no Parlamento! Na Assembleia da República não existe Bancada de Coligação provisória! Por este facto; a coligação (provisória) do PSD/CDS está em situação de ilegalidade! Nota: a Ditadura do Cacicado em Portugal está Caduca! Dictatorship of the chiefdom-Portugal theme: Political leaders of the dictatorship of the chiefdom are the lost head! These legislative elections are transformed into a sausage! Laws are made based on logic! Therefore; the coalition (Provisional) PSD / CDS, has own Caucus of the Parliament! In Parliament there Coalition Provisional bench! For this reason; the coalition (Provisional) of PSD / CDS it is illegal to use! Note: The Dictatorship of chiefdom in Portugal is Lapsis!
  • filipe
    30 out, 2015 Lisboa 09:45
    Não havia nenhum Ministério da Igualdade. Existia, sim, uma Ministra para a Igualdade (uma pasta ministerial, sem ministério, integrada na Presidência do Conselho de Ministros. Há que ser mais rigoroso e fazer o tpc.

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