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A Feira Popular vai voltar a Lisboa e fica em Carnide

03 nov, 2015 - 11:20

"Terceira casa" da Feira Popular será um parque urbano com 20 hectares e muitos espaço verdes. Vai funcionar numa zona perto da estação de metro da Pontinha.

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Vídeo institucional da Câmara de Lisboa mostra como vai ser a nova feira popular

Vídeo institucional da Câmara de Lisboa mostra como vai ser a nova feira popular

A futura Feira Popular de Lisboa vai ficar instalada em Carnide. "O que está fechado com a Câmara de Lisboa é que ficaria na freguesia", confirmou o presidente da Junta Fábio Sousa.

A nova feira vai funcionar como um parque urbano de 20 hectares, um projecto "muito ambicioso" que a Câmara de Lisboa quer abrir "o mais rápido possível", afirmou esta terça-feira o presidente do município lisboeta, Fernando Medina (PS).

"Este não vai ser só um local de divertimento, vai ser um grande parque de lazer quatro vezes maior" do que era a feira em Entrecampos, onde deixou de funcionar há mais de dez anos.

O responsável especificou que a novo espaço vai estar na "zona imediatamente contígua à estação de metro da Pontinha", com acessos à Segunda Circular, à CRIL e ao Eixo Norte-Sul. "É local de excelência para todos", salientou.

Quanto ao investimento da Câmara, este é, "até este momento", de 11,5 milhões de euros, valor que se deve à aquisição de parte dos terrenos onde vai funcionar a feira, já que os restantes já eram de propriedade municipal, disse Fernando Medina, vincando que o projecto "terá de contar com investimento privado".

O autarca, que falava em conferência de imprensa nos Paços do Concelho, em Lisboa, acrescentou que esta é uma forma também de "requalificar esta zona da cidade e dar-lhe a regeneração de que tanto precisa".

Segundo Fernando Medina, a "terceira casa" da Feira Popular será "diferente" da anterior, já que funcionará num "local muito maior" e terá muitos mais espaços verdes.

Na próxima reunião camarária, o executivo municipal vai "nomear uma comissão" para acompanhar as obras, adiantou Medina, apontando que "o modelo de negócio ainda não está fechado".

Fábio Sousa adiantou que a Junta foi "envolvida e ouvida" no processo de escolha da localização da nova Feira Popular e que impôs algumas condições. "Temos condições e queremos receber a Feira Popular, mas também queremos ver salvaguardados alguns constrangimentos aos moradores, como o ruído, mobilidade, transportes e trânsito", frisou à agência Lusa.

O autarca assegurou que vai ser "muito exigente", porque quer "continuar a dar condições a quem reside e trabalha em Carnide".

Era uma vez uma feira solidária

A Feira Popular foi criada inicialmente para financiar férias de crianças carenciadas e, mais tarde, passou a financiar toda a acção social da Fundação O Século. Encerrou em 2003 e nunca mais Lisboa voltou a ter um parque de diversões.

Os terrenos da antiga feira, localizados em Entrecampos, estiveram na origem de um processo judicial que envolveu a Câmara de Lisboa e a empresa Bragaparques, que se arrastou por vários anos.

Quando abriu para a última temporada, a Câmara de Lisboa, então presidida por Pedro Santana Lopes, tencionava criar um novo parque de diversões, mas a ideia nunca avançou.

Estes terrenos foram, entretanto, colocados em hasta pública por um valor base de 135,7 milhões de euros.

Como não apareceu nenhum interessado para o ato público do passado dia 20 de Outubro, a Câmara avançou com uma "segunda fase" do processo de alienação, prevendo vender estes terrenos numa nova hasta pública a realizar no dia 3 de Dezembro.

Comentários
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  • Mais um
    04 nov, 2015 20:51
    Já tinhamos Belém e São Bento....agora vem Carnide
  • Luis
    03 nov, 2015 Lisboa 17:57
    Aqueles divertimentos já devem estar podres depois destes anos todos inactivos, guardados sabe-se lá onde e em que condições. Que perigo e que pena.
  • Marco
    03 nov, 2015 lx 13:39
    tudo tem o seu lado negro, o certo é que alguns dos patos bravos que vão lucrar com este negócio são os donos da Gime, Comade e Buazeri que em 2010, 2011 e 2012 despediram dezenas de trabalhadores e que se descartaram de pagar salários e respectivas indemnizações. Só em Portugal é que as gestões danosas e chico-espertice compensam e muito!
  • Pedro
    03 nov, 2015 Porto 13:04
    Outro parque de diversões?

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