04 nov, 2015 - 13:25 • Manuela Pires
A directora do Conservatório Nacional de Lisboa revela à Renascença que o Ministério da Educação autorizou um reforço de verbas de 35 mil euros.
No início da semana, a escola anunciou que estava sem dinheiro porque o orçamento sofreu um corte de 70 mil euros, tendo sido feito um pedido ao Ministério da Educação e lançada uma campanha para conseguir pagar contas tão básicas como a água, luz, telefone ou comprar papel higiénico. No site do Conservatório está a carta enviada para os familiares e amigos da escola, assim como o NIB da escola para quem quiser ajudar.
A resposta do Governo chegou ontem à noite. Segundo Ana Mafalda Pernão foi agora é possível “com muito cuidado, conseguir chegar ao fim do ano sem problemas”.
“O nosso orçamento até ao ano passado rondava os 180 mil, o ano passado ficou em 160 mil, e este ano em 2015 reduziu para 90 mil euros, um corte de 54%”.
Ana Mafalda Pernão, diz que é difícil gerir a escola com menos dinheiro e ainda por cima um edifício muito velho que precisa de obras de manutenção todos os anos.
Apesar das obras que foram feitas este ano, a directora do Conservatório revela que “já hoje a chuva entrou numa das salas, porque o telhado precisa de obras estruturais”.
Com o corte de 70 mil euros muito fica por fazer, Ana Mafalda Pernão dá o exemplo dos instrumentos “que não são usados no dia-a-dia pelos alunos e que precisam de ser substituídos. Como não há dinheiro não se compram novos instrumentos”.