05 nov, 2015 - 18:44
O Tribunal Central de Instrução Criminal reduziu de três para 1,5 milhões de euros a caução a que se encontra sujeito Ricardo Salgado no âmbito do processo Monte Branco, revela a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O Ministério Público adianta, em comunicado, que o tribunal “determinou ainda que o valor de 1,5 milhões de euros resultante dessa redução fosse afecto à caução fixada ao arguido” noutro caso em que está investigado, relacionado com o Grupo Espírito Santo (GES).
Neste caso, o antigo presidente do Banco Espírito Santo está sujeito a uma caução de três milhões de euros.
De acordo com o comunicado da PGR, o juiz notificou Ricardo Salgado para que proceda à entrega dos 1,5 milhões de euros em falta.
O antigo banqueiro tem até quinta-feira para pagar esta quantia, se quiser ficar a aguardar o desenrolar do processo “Universo Espírito Santo” em liberdade.
Ricardo Salgado foi colocado em prisão domiciliária a 24 de Julho, no âmbito do processo "Universo Espírito Santo". A 21 de Outubro, a medida de coacção foi alterada para termo de identidade e residência, mediante o pagamento de uma caução.
Em causa, na investigação ao "Universo Espírito Santo", estão suspeitas da prática de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no sector privado e branqueamento de capitais.
Em Agosto do ano passado, o ex-líder do BES pagou três milhões de euros de caução no âmbito do caso "Monte Branco".