Entre 1974 e 1975, meio milhão de pessoas desembarcaram em Portugal vindas das ex-colónias. Chamaram-lhes retornados, apesar de muitos não terem nascido aqui. A vida nunca mais foi igual, nem para quem veio nem para quem cá estava. Nos 40 anos da independência de Angola, recordamos histórias de quem chegou ainda menino e moço mas jamais esqueceu que, um dia, tinha vivido em África.
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Carlos Oliveira
16 dez, 2015 Lisboa 11:45
Foi em África o único local onde me senti verdadeiramente feliz
JoseGomesL
06 dez, 2015 Lisboa 23:11
Quero aqui deixar o meu agradecimento e apoio a todos aqueles que estiveram em Moçambique, porque mesmo os que não conheço considero meus amigos. Esta gente ignorante e mesquinha de cá, porque nunca emigraram, porque nunca abriram os olhos para o mundo. Sim, ignorantes e mesquinhos, porque nunca tiveram a coragem de emigrar e ver. Sim, porque é preciso ver para acreditar. Esta gente de cá destruiu tudo o que os portugueses fizeram de bom por esse mundo fora. Moçambique é ainda agora, incomparavelmente muito mais pobre e triste do que era naquela altura. Para quem viveu naquela época em Moçambique e vive ainda agora, sabe bem a diferença entre a felicidade e a incerteza dos dias tristes que se vive em Portugal. E eu nascido em Moçambique sei do que falo, porque vive alguns anos na Europa antes do 25 de Abril.
o guerreiro migrante
30 nov, 2015 basel .suica 20:04
E com ,orgulho ;respondo ;sou africano! Falo o portugues,
MAs foi en Angola que fui Feliz..
O "Preto caixa d'oculos" - retornado de SALazar (Dalatando)agora ; ,kuanza Norte./na aldeia transmontana (sabroso-folhadela) ja na altura me sentia diferente Hoje continuo a sentir essa diferenca ,falta.me as cassimbadas ,aquele cheiro à Terra depois de uma chuvada ,... A "catinga"veio comigo ,continuo a deriva ,na
Procura do aconchego d'un ninho Do Meu espaco neste Planeta depravado pela imoralidade do materialismo ganancioso,aonde o dinheiro e a hipocrizia moralista
fazem ver a miseria do ser humano.
définitivement encontrar
MADALA
27 nov, 2015 BASTO 17:56
Ana, Fernanda e Kanganhiça, esta gente é tão atrasada que não sabe o que diz, os moçambicanos, queriam a independência, mas de cariz ocidental, não moista-estalinista. O presidente da FRELIMO. Eduardo Chibambo Mondelane, era professor catedrático nos EUA e funcionário da ONU, a primeira vez que foi a Naxingweva, a 40Kms. das margens do rio Rovuma, em Cabo Delgado, Samora Maxel, mandou-o matar, Maxel matou a própria mulher Josina, esta esquerda malvada, deu cabo daquele país. Todos sabemos que, quando Soares estava a entregar a declaração de independência a Maxel este, ficou estupefacto, Soares ficou atrapalhado, então Otelo, carregou, no pé de Soares e Maxel não queria sem uma transição, mas teve de aceitar. A esquerda por onde passa, só deixa miséria.
MADALA
27 nov, 2015 Basto 17:39
Embora conheça bem todo o país, sou do norte atrasado, boçal e ignorante, como diz a gente fina de Santarém para baixo. Não sabem eles, que gente do norte é Celta. Com 20 anos, vai um mancebo, para a tropa para Lisboa, Nunca tinha ido a Lisboa. Como começou a guardar gado aos 4 anos e, trabalho no campo até aos 20, filho de gente muito pobre, jurou que não voltaria assim à terra. Andou dez meses em formação. numa especialidade, que só se formavam 6 por ano, nesse ano, foram 18, eu, fiquei nos primeiros 6. Fiquei no E.M.E. no Campo de Santa Clara. Mas, um dia, vi na TV, uma cidade com avenidas muito largas e cheias de árvores com flores e, prédios mais alto do que em Lisboa disse: se hei-de estar mais três anos na tropa, vou para ali, mal sabia eu que era Lço. Marques, hoje Maputo. Ultrapassou as minhas expectativas. Só podia trabalhar no Quartel General. Lá estudei, poupei e trabalhei muito, lá conhecia a minha esposa, que é de um concelho anexo ao meu. Fui empregado bancário do Montepio de Moçambique, lá não havia a cunha. Vim sem nada e, dois filhos. Ao contrário do que os ignorantes deste país dizem, não tive ajuda de ninguém. Procurava emprego, para andar com sacos às Costas, eram os comunistas que me fazim a entrevista, não servia porque era retornado. tive um grande emprego em Sacavém numa firma Dinamarquesa, ao fim de meio ano,l já mera gerente, nunca pedi nada. Fui para a banca do Estado, não passei da cêpa torta, não levava, presuntos e cxas. de vinho a Lisboa
27 nov, 2015 16:07
Foram ajudados,sim!
Ficaram, na sua maioria, em hotéis(que, diga-se, precisaram de ser fechados, para remodelação total, quando saíram), e o IARN pagava-lhes tudo, incluindo bebidas e aperitivos que pediam para eles e para os amigos que os iam visitar!
E acho muito bem que tenham sido ajudados, assim como acho bem que ajudem os actuais refugiados.
silva
22 nov, 2015 coimbra 20:49
foraam mais bem tratados que alguma vez o foram os que cá estavam....
Ana Morais
13 nov, 2015 Espinho 15:18
Sou refugiada e não retornada, vim de Moçambique com 9 anos, nasci lá e lá deixei amigos, casa, a minha infância e vida estável. Demorou anos para me sentir integrada em Portugal, só o sentia na aldeia onde a mãe era oriunda e por ser de família reconhecida, fui mimada e protegida. Em Espinho mandavam-me voltar para o meu País. Ainda hoje e apesar de gostar do País que me acolheu e de contribuir para o seu desenvolvimento não consigo esquecer o espaço, as paisagens sons e sabores de lá. Efectivamente a nossa vida mudou radicalmente mas também mudamos Portugal, ajudamos a crescer.
fernanda pires
12 nov, 2015 trancoso 22:44
Tambem sou retornads
Kaganiço
10 nov, 2015 Montreal.canada 06:39
Estes ninguém os ajudou, mas hoje, os migrantes, são recebidos com todas as pompas ! Hipocresia !