10 nov, 2015 - 13:14 • Manuela Pires
Cerca de 900 alunos da escola Carlos Paredes, na póvoa de Santo Adrião, em Odivelas ficaram sem aulas esta terça-feira. A greve dos trabalhadores da administração local deixou o estabelecimento com apenas duas das 24 funcionárias.
A directora adjunta do agrupamento de escolas Pedro Alexandrino, Rosário Avezedo, diz à Renascença que foi surpreendida com esta paralisação.
“Não tivemos conhecimento do pré-aviso de greve com a antecedência necessária para avisar. Como só havia duas funcionárias ao serviço, não podíamos obviamente abrir a escola”, afirma.
O pré-aviso de greve do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) tem apenas como objectivo permitir aos trabalhadores deslocarem-se esta tarde à manifestação da CGTP frente à Assembleia da República.
José Correia, do STAL, garante que foi enviado para todas as entidades. “O sindicato cumpre os termos da lei e envia às entidades a que se encontra obrigado por isso. Foi feito um pré-aviso, que não se destina a encerrar locais de trabalho”, assegura.
“O pré-aviso é muito explícito no seu preâmbulo, referindo que visa apenas possibilitar a deslocação de trabalhadores à acção convocada pela CGTP, se de outra forma não for encontrada no local de trabalho que possibilite a participação dos trabalhadores.”
A greve acabou por encerrar a escola em Odivelas por falta de funcionárias.
Já em Montemor-o-Novo, autarquia comunista, foi emitido um comunicado para a Escola Básica 1 em que se pode ler: “Na sequência da concentração agendada vimos por este meio informar que poderá não ser garantida a realização do transporte escolar para os alunos transportados pelas viaturas municipais e das juntas de Freguesia”.
No mesmo texto, lê-se que “igualmente poderá não ser garantido o fornecimento de refeições e os prolongamentos de horário nos estabelecimentos de ensino do concelho”.
Manifestações contra e a favor do Governo no Parlamento
A votação do programa do Governo desta terça-feira vai ser acompanhada em São Bento por duas manifestações antagónicas: uma da CGTP, às 15h00, a favor do derrube da coligação PSD-CDS e de uma viragem à esquerda, e outra, que começou pelas 13h00, de apoio ao Executivo.
A CGTP quer assinalar "a rejeição do programa do Governo do PSD/CDS e, consequentemente, a sua demissão".
Com o objectivo contrário encontram-se frente à Assembleia apoiantes do Governo provenientes principalmente do alto Alentejo. A ideia desta concentração foi lançada nas redes sociais pelo líder do CDS de Monforte, Mário Gonçalves, sob o lema "Não a uma moção de rejeição".
A PSP vai criar um corredor de segurança em frente à Assembleia e atribuir locais separados paras as duas manifestações programadas para esta terça-feira.