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Portugueses preferem cortes nos benefícios sociais ao aumento de impostos

10 nov, 2015 - 07:32

Inquérito europeu conclui que aumento das contribuições enfrenta mais resistências nos países onde já se verificaram fortes subidas de impostos devido à crise.

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Os portugueses preferem uma redução do actual nível de benefícios do Estado Social a um aumento das contribuições ou impostos, revela um estudo levado a cabo em oito Estados-membros da União Europeia e divulgado esta terça-feira.

O estudo, encomendado pela "Vision Europe Summit" - uma rede de "think tanks" (grupos de reflexão) que inclui, entre outros, a Bertelsmann Stiftung (Alemanha), o Instituto Jacques Delors (França) e a Fundação Calouste Gulbernkian (Portugal) -, revela que 46,8% dos portugueses defendem uma redução dos benefícios se o actual sistema de segurança social e de pensões se revelar insustentável, e apenas 29,5% um aumento das contribuições (23,8% não expressam opinião) para compensar a diferença entre receitas e despesas.

A percentagem de inquiridos que advoga um aumento das contribuições ou de impostos caso estes não sejam suficientes para manter o actual nível de benefícios (29,5%) é o mais baixo entre os oito países onde foi conduzido o estudo, com a Finlândia a surgir à cabeça (55,9% favoráveis a um aumento), seguida de Reino Unido (49,9%), Alemanha (47,8%), Bélgica (45,1%), França (36,8%), Polónia e Itália (ambos com 35,7%).

O estudo conclui que um aumento das contribuições enfrenta mais resistências nos países onde já se verificaram fortes subidas de impostos devido à crise, casos de Portugal e Itália.

Em comum, os cidadãos dos oito países têm uma perspectiva pessimista sobre o futuro do Estado Social, com a grande maioria, em todos os Estados-membros, a considerar que em 2050 o mesmo não conseguirá responder às necessidades dos cidadãos.

As principais preocupações em Portugal prendem-se com as pensões (56% dos inquiridos vaticinam que em 2050 o sistema português não cobrirá as necessidades nesta matéria), com o apoio aos desempregados (55%) e com os cuidados de saúde (52%).

Questionados sobre qual deve ser a prioridade do futuro sistema de segurança social no país, a maior parte dos portugueses inquiridos aponta a prestação de cuidados de saúde e os cuidados a idosos.

Comentários
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  • José Antunes
    10 nov, 2015 Vila Real 10:51
    Os portugueses sabem lá o que querem. Não passam de uns cata-ventos.
  • Pedro
    10 nov, 2015 Bencatel 10:25
    É sempre bom receber sem pagar, só nós portugueses.
  • Estudos
    10 nov, 2015 St 09:54
    Atrás de estudos encomendados à medida dos radicais de direita que hoje controlam o poder na União Europeia!
  • Ppalma
    10 nov, 2015 lisboa 09:51
    eu prefiro que reformas a cima de 10 mil € sejam todas cortadas para 10,000€.... não faz sentido os "salgados" da nossa vida andarem a receber milhões quando afundaram a economia nacional...
  • RPAS
    10 nov, 2015 GAIA 09:38
    É exatamente o que o "futuro" (des)governo fará!!!...
  • Nuno Casaleiro
    10 nov, 2015 Coimbra 09:10
    Não vejo credibilidade neste estudo não apresentam numero de inquiridos, intervalos de confiança, etc etc. Isto serve apenas para passar a mensagem que se quer fazer passar. Dei-me ao trabalho de fazer o um estudo aqui com os meus colegas de trabalho e devo constatar que 90% dos Portugueses querem os deputados da republica e do poder local na cadeia. Assim devemos reflectir e abrir mais prisões.
  • JP
    10 nov, 2015 Lisboa 09:07
    É óbvio que este tipo de sondagem tem como resultado a campanha e as lavagem ao cérebro que as pessoas levam todo os dias sempre pelos mesmos Falar no que vai acontecer daqui a 50 anos quando não conseguem prever o que vai acontecer daqui a 1 hora ou menos é no mínimo duvidoso Depois era bom sabermos nesta sondagem qual foi a faixa etária que respondeu de um modo ou de outro. Para mim estas sondagens têm pouca credibilidade e aparecem normalmente em momentos como estamos a viver. Fazem lembrar os esqueletos que se tiram dos armários quando a situação política ou financeira não está favorável e depois é ver esta gente a defenderem a dama deles e a falarem em nome de todos como se tivessem uma procuração.
  • Paulo Martinho
    10 nov, 2015 Olhão 08:26
    É o tal povo dos brandos costumes, muito simpático para os estrangeiros ricos e implacável com os estrangeiros pobres. Os que antes eram Fátima/Fado/futebol e que agora são muito mais coisas: futebol/telenovela/pimba/loja do chinês/reality show/tias de Cascais/centro comercial/Agosto no Algarve/ enfim, as coisas boas da vida: 3500 amigos no facebook e nenhum verdadeiro na vida real.
  • 10 nov, 2015 Alverca 08:22
    Depende das idades, os que têm menos de 40 anos preferem cortes sociais, restantes o contrario.
  • vitor antunes
    10 nov, 2015 lisboa 08:21
    Que os tugas Gostam mesmo é de serem Burros ..isto é o mesmo q perguntar ao condenado se quer forca ou guilhotina.....

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