03 dez, 2015 - 18:43
A Deco analisou os preços praticados em diversos estabelecimentos comerciais, entre 16 e 27 de Novembro, e constatou que existiu fraude e manipulação de preços. Afinal, o barato sai caro.
Depois de receber vários relatos de consumidores, denunciando o aumento dos preços em vésperas de épocas de descontos ou saldos, a Deco analisou 1.862 produtos de algumas lojas.
Conclusão? Um em cada 20 produtos com descontos anunciados viola a Lei dos Saldos e das Promoções e a Lei das Práticas Comerciais Desleais.
O desconto nunca chegou a ser real, pois antes da "Black Friday ”, as lojas aumentaram o preço de cerca de 10% dos produtos analisados.
A nota que chegou à redacção apresentava três casos flagrantes.
Na Worten, o preço do televisor LG 55UF770V aumentou mais de 60% na véspera da “Black Friday”. Somados os aumentos e subtraídos os descontos, entre os dias 25 e 27, o televisor aumentou 340,20 euros.
Na mesma loja, o smartphone Samsung Galaxy S4 i9595 4G aumentou 100 euros no dia 24 de Novembro; na "Black Friday”, três dias depois, o desconto foi de, apenas, 80,98 euros.
Na Rádio Popular, o preço do televisor LG 32LF5610 aumentou 80 euros no dia 18 de Novembro. Na “Black Friday”, o desconto foi de 40 euros.
A situação já foi denunciada à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e à Direcção-Geral do Consumidor, solicitando-lhes que sancionem as empresas em causa. As coimas podem chegar aos 45 mil euros por cada caso denunciado.
De acordo com dados apresentados este mês pela Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), os portugueses gastaram mais de 700 milhões de euros na semana da “Black Friday”.