10 dez, 2015 - 09:44
O Governo Regional da Madeira duplicou o orçamento para chamar novos e mais turistas ao arquipélago. No Funchal, o bairro mais antigo ganhou novos pontos de atracção, com portas pintadas como se fossem quadros.
São mais de 200 as portas que ganharam nova vida. Portas antigas, mesmo velhas a que os pintores da cidade, através da solidariedade e carolice, deram um novo significado.
Carlos Pinheiro, arquitecto, é o autor de uma das primeiras portas, pintada com apenas duas cores. “Estávamos numa recessão económica e a mensagem é que estamos no fundo do poço e depois temos um caminho muito estreito para chegar lá acima”, explica à Renascença.
Bem mais colorida é a porta de João Egídio. “ A minha porta é uma alusão à Madeira, à Festa da Flor, ao Carnaval, às paisagens, às frutas. Está ilustrado, mais ou menos, o que é a Madeira”.
A ideia foi importada de Itália por João Carlos Abreu, antigo secretário regional do Turismo, jornalista, pintor e escritor, nascido na zona de Santa Maria.
“Costumo dizer que a minha escola de humanismo foi feita naquela parte da cidade, porque as pessoas eram muito solidárias, vivíamos os problemas uns dos outros”, diz, admitindo que a zona, agora cheia de gente, deveria ser considerada património municipal, “para depois ninguém ter a coragem de tirar as portas”.
Para quem ali mora, a diferença entre o antes e o depois é evidente. “O meu pai dizia-me para nem sequer olhar para lá”, recorda Alexandra Perrigier, acrescentando que agora se trata de uma área muito “in”.
Madeira quer mais turistas
Em média, cada turista deixa na Madeira 260 euros. Por ano, chega ao arquipélago um milhão e meio de turistas. Por aqui se vê a importância do turismo para a economia madeirense.
A Renascença tem estado esta semana na Madeira e destaca, esta quinta-feira, o sector turismo. Às 13h0, o noticiário em directo da ilha tem como convidada Cristina Pedra Costa, presidente da Associação de Comércio e Indústria do Funchal – alguém que conhece muito bem a economia madeirense.