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Tragédia do Meco. Famílias vão processar universidade e sobrevivente

14 dez, 2015 - 23:14

Advogado explica que as famílias vão exigir que o "dux" João Gouveia preste declarações em tribunal, uma vez que não chegou a fazê-lo no âmbito do processo-crime.

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As famílias dos estudantes que morreram na Praia do Meco, há dois anos, vão processar a Universidade Lusófona e o sobrevivente da tragédia, João Gouveia.

Em declarações à Renascença, o advogado das famílias das vítimas, Vítor Parente Ribeiro, explica que estão em causa seis acções de responsabilidade civil, uma por cada um dos alunos que morreram.

“Nós vamos avançar com uma acção todos os meses. Por cada dia 15, será instaurada uma acção por cada um dos jovens, para que não se esqueça que, por cada dia 15 que passa há mais um mês de sofrimento para estes pais. São seis famílias que estão completamente destroçadas. A cada dia que passa, o sofrimento aumenta.”

Os seis processos, agora de natureza cível, serão analisados por seis juízes diferentes. Por cada processo serão pedidos 30 mil euros.

As famílias vão exigir que o "dux" João Gouveia preste declarações em tribunal, uma vez que não chegou a fazê-lo no âmbito do processo-crime porque este foi arquivado sem ter chegado à fase de julgamento.

O advogado Vítor Parente Ribeiro acrescenta que ainda espera pela decisão do recurso interposto no Tribunal da Relação de Évora, contestando o arquivamento do processo que foi decidido em Março.

Foi a 15 de Dezembro de 2013 que morreram, na praia do Meco, em Sesimbra, no distrito de Setúbal, seis estudantes da Universidade Lusófona. Foram arrastados para o mar por uma onda. Apenas um colega sobreviveu.

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  • jorge
    26 jan, 2016 algures 17:31
    Nunca fui nada, mas mesmo nada, à bola com este tipo de praticas a que chama praxes. Nao posso é perceber como é que um rapaz naquelas cirunstancias poderia matar seis colegas . De onde lhe vinha essa força tão poderosas para tal ? Enfim o rapaz sobreviveu. Agora parece que querem matar o unico sobrevivente . Lamentavel
  • Vasco
    16 dez, 2015 Santarém 19:59
    Entendo por bem que os pais não se devem vergar ao desinteresse da justiça, muito recentemente ouvi apenas uma vez num noticiário de um canal de TV que o Bloco de Esquerda estaria a preparar uma intervenção na AR a favor do fim das praxes,nunca mais ouvi mais nada, não sei se seria por ser a primeira vez que o BE apresentaria algo de decente e válido nessa assembleia que talvez tudo tenha terminado em águas de bacalhau.
  • Carla Sá Gomes
    15 dez, 2015 viseu 16:10
    as vítimas, infelizmente já não estão cá para contar o que realmente aconteceu. foram vítimas, tal como o sobrevivente, teve sorte em ter sobrevivido. as pessoas eram maiores e vacinadas e sabiam o que estavam a fazer, a ser praxadas. foi um azar que as levou...
  • pitagoras
    15 dez, 2015 lisboa 14:30
    Os verdadeiros ou alegados presumíveis culpados serão talvez os nossos governantes que permitem tal selvajaria.Integraçao n é humilhação ,mutilação ou morte Proibam , façam vigilância e policiamento dissuador das práticas, já condenadas em sede de direitos Humanos e tudo voltará á normalidade cívica.A integração deverá ser instituicional e não por um bando de inconscientes apsicopatados energumeos.Estudem , deixam estudar e formar personalidades fortes e independentes.Os humilhadores deveriam responder criminalmente e sumariamente por tribunais céleres e prioritários.A praxe é uma pratica neo-nazi..
  • João Pina
    15 dez, 2015 Sintra 13:59
    Ninguém é obrigado a falar. Depois parece-me que ninguém é obrigado a entrar em praxes académicas. não tenho dúvidas de que foi um acidente como já aconteceu em Braga e em outros locais deste país. Infelizmente ainda há quem concorde com as praxes. Eu sou contra!
  • Leonel Oliveira
    15 dez, 2015 Oliveira de Azemeis 10:33
    Não tenho duvidas da total responsabilidade do tal " Dux" . Deve, efectivamente, ser julgado, responsabilizado e severamente punido pelos crimes cometidos.....não se mata 6 pessoas e se fica impune desta forma!

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