Lesados do BES protestam no Porto. “Há famílias arruinadas”

22 dez, 2015 - 11:25

Houve um momento de tensão, quando alguns manifestantes tentaram romper barreira de segurança da PSP colocada à frente do Novo Banco.

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Um grupo de 50 manifestantes exige a devolução do seu dinheiro. O protesto dos emigrantes lesados acontece desde as 11h00 na Av. dos Aliados, no Porto, em frente ao Novo Banco.

“Há famílias arruinadas”, desabafou uma das manifestantes. Um outro emigrante disse - em tom zangado - que lhe “roubaram 35 anos de trabalho”.

Houve um momento de tensão, quando alguns dos manifestantes tentaram romper barreira de segurança da PSP colocada à frente do Novo Banco.

“Lesados enganados”, “Queremos justiça” e “Não comprem este banco” são algumas das frases que se podem ler nos cartazes.

No início de Dezembro, a Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) traçou as directrizes para o próximo ano, após uma reunião com a Comissão Europeia: avançar para os tribunais europeus para que sejam ressarcidos os cerca de 530 milhões de euros que reclama e, ao mesmo tempo, esperar que o novo primeiro-ministro, António Costa, cumpra a sua promessa eleitoral de apoio à sua causa.

A 3 de Agosto do ano passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado 'banco mau' (que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição, que foi designado Novo Banco.

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Comentários

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paula
22 dez, 2015 lisboa 20:52
COMO É POSSÍVEL NA MANIFESTAÇÃO HOJE NO PORTO , SÓ TERME JUNATDO 100 PESSOAS`??
Miguel
22 dez, 2015 Lisboa 16:14
E desde quando existem investimentos seguros!?!?! Nunca houve nem nunca haverá
passado adiado
22 dez, 2015 lisboa 15:52
esse país funciona assim mesmo: os banqueiros engordam, empanturram-se á custa do comum do cidadão e sempre com a conivência dos nossos politiquecos
M. Monteiro
22 dez, 2015 Porto 14:50
Aconteceu exactamente o mesmo em Itália há poucos dias, nomeadamente no banco Etruria, onde foram vigarizados milhares de depositantes, um dos quais se suicidou há quinze dias, depois de ter perdido as poupanças de uma vida. O banco precisava de fazer um aumento de capital por indicação do Banco de Itália, estando quase na falência fruto de empréstimos e investimentos ruinosos. Para isso burlou cerca de 150 mil depositantes fazendo-lhes crer que estavam a comprar obrigações de dívida pública quando na realidade eram obrigações de acções de alto risco do mercado secundário. Por isso ninguém venha dizer que estes do BES ou os outros eram ambiciosos ou ignorantes. Confiaram na instituição e nos reguladores - que, como aqui, não regularam nada - e foram simplesmente enganados. Evidentemente existem imensos rabos de palha lá como cá e todos assobiam para o lado. Fazem muito bem em protestar. Em Itália estão a fazer o mesmo.
22 dez, 2015 13:51
Santa ignorância dos comentários que por aqui se fazem... Sejam sérios e se não sabem do que falam, estejam calados no respeito por estas pessoas...
Pois pois...
22 dez, 2015 Porto 13:40
MAS NÃO VÃO PARA FRENTE A CASA DE SALGADO E OUTROS...MANDAR VIR...
Joao Magalhaes
22 dez, 2015 Lisboa 13:39
Acredito que a grande maioria foi enganada, todos conhecemos as tacticas agressivas dos gestores de contas para vender produtos, todos as semanas telefonam e enviam cartas, aqui o grande problema é que acredito que a maioria dos gestores de conta tenham dito aos clientes que era seguro e que não havia qualquer risco, pois a pressão para atingir os objectivos é tremenda e sejamos honestos, quem não acreditava no seu gestor de conta? Quem não confiava nos bancos e nos seus empregados?
André
22 dez, 2015 Lisboa 13:07
Entendo que estas pessoas estejam desgostosas de terem perdido os seus investimentos. Só que, o capitalismo é mesmo assim. Eles andaram a ganhar milhares de milhões de euros a mais do que ganhavam os que só tinham os depósitos a prazo, durante décadas. Muitos destes "arruinados" receberam, mais de, 200% do capital que perderam, em juros, durante os últimos 15 anos. Esses juros não pagaram quaisquer impostos. Os emigrantes usavam estes produtos para obterem juros, isentos de impostos. Agora que correu mal, reclamam e não querem ir para tribunal... porque assinaram os contratos, sabendo do risco, tendo em vista os juros 10 a 60 vezes acima do que era pago nos depósitos a prazo. Outra coisa interessante é ver pessoas a dizer que estão arruinadas, a deslocarem-se para estas manifestações em ferraris de 2013, BMW de 2015 e Mercedes CLK de 2014. Em Lisboa, o parque de estacionamento onde os "lesados" estacionaram os automóveis, até tinha um Bentley de 2012... só naquele parque de estacionamento estariam mais de 7 milhões de euros em automóveis. E diziam que estavam a passar fome?
Petervlg
22 dez, 2015 Trofa 12:27
a ganancia de querer mais e mais, leva a isto, se colocassem o dinheiro em contas a prazo tinham o seu dinheiro