Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Exames do ensino básico com pouco impacto na nota final dos alunos

07 jan, 2016 - 07:33 • Manuela Pires

A percentagem de estudantes que chumba o ano por causa da nota do exame não chega aos 2%. Desde 2004 que existem exames no 9º ano e desde 20123 que os do 6º e do 4º passam a contar para a nota final.

A+ / A-

O Conselho Nacional de Educação (CNE) conclui que o impacto das notas dos exames na classificação final do ano lectivo é residual e menos de 2% dos alunos chumbam por causa da nota do exame.

No relatório sobre a avaliação no ensino básico a que a Renascença teve acesso, nos exames do quarto ano, por exemplo, 94% dos alunos que fizeram a prova de Português tiveram a mesma classificação que a atribuída pelas escolas.

Mas, ainda que residual, a nota do exame pode alterar a classificação final. Menos de 1% consegue subir a nota e muitos descem, sobretudo, na Matemática. No 4º ano, 1,4% dos alunos baixou a nota; no 6º foram 1,6% e, no 9º ano, 1,9% dos alunos acabaram o ano com negativa por causa da nota do exame.

O CNE fez tabelas com as notas dos exames e ouviu 25 escolas sobre a avaliação. Há quem aponte vantagens aos exames, porque é possível fazer aferição nacional, mas há também os críticos, que apontam a pressão exercida sobre os alunos e a sobrevalorização do Português e da Matemática em detrimento de outras áreas.

Os exames do 9º ano existem desde 2004. Maria Lurdes Rodrigues introduziu as provas de aferição para os 4º e 6º anoa, mas sem contar para a nota final. A partir de 2012, os exames do 6º ano e, em 2013, os do 4º, já com a tutela de Nuno Crato, passaram a contar para a nota final.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Ligia Louro
    07 jan, 2016 Vila Nova de Gaia 11:11
    Então qual o sentido de manter os exames nacionais do 6º e 9º ano e gastar MILHARES DE EUROS, com esta avaliação? Não é suficiente a avaliação pela escola?
  • António Costa
    07 jan, 2016 Cacém 10:21
    Acho piada às "estatísticas" "... Menos de 1% consegue subir a nota..." com 158 566 inscritos em 2014 e 157 264 inscritos em 2015 nos exames do secundário. Então 1% dos alunos são SÓ 1500. SÓ. Alunos que iriam reprovar porque com a "avaliação continua", os professores não sentiam SIMPATIA pelos mesmos. São PESSOAS que tem pais e irmãos e que não tem culpa de terem tido um professor incompetente. Em TODAS as profissões existem pessoas muito competentes e incompetentes. No caso dos professores 99% dos alunos foram avaliados corretamente. Ainda Bem! Só que o "1%" não o foram! E o "1%" são só 1500 pessoas, NÃO SÃO NÚMEROS! Se os exames serviram para FAZER JUSTIÇA a 1500 pessoas, então valeram a pena!

Destaques V+