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Petição propõe "Central Park" nos terrenos da antiga Feira Popular

10 jan, 2016 - 12:18

Proposta com mil assinaturas dirigida à Câmara de Lisboa quer um projecto diferente para a antiga Feira Popular.

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Mais de mil pessoas assinaram uma petição na qual se pede à Câmara de Lisboa a criação de um “Central Park” nos terrenos da antiga Feira Popular, que foram duas vezes a hasta pública sem apresentação de propostas.

O autor da petição “online”, o lisboeta Augusto Homem de Mello, contou à agência Lusa que a ideia surgiu quando viu "uma foto aérea do espaço, a propósito de uma notícia que dava conta da falta de interessados na aquisição dos terrenos" de Entrecampos.

"Imaginei tudo preenchido de verde, fazendo lembrar o Central Park [grande parque em Nova Iorque com jardins e espaços de lazer]. À parte deste momento, parece-me que é tempo de se “devolver”; estes terrenos à cidade e resolver, de uma vez por todas, o problema que ali mora há anos", disse.

Augusto Homem de Mello é o único autor da petição "Um ‘Central Park lisboeta’ no antigo terreno da feira popular" e garante não ter ligações a partidos políticos ou associações: "Sou apenas um lisboeta que passa por ali com frequência".

O autor da petição viveu muitos anos em Alvalade e trabalha perto dos terrenos. Além disso, era "frequentador da Feira Popular, nos tempos de juventude, como grande parte dos lisboetas".

O facto de haver "muitos interesses pessoais e agendas próprias" torna a ideia "de difícil execução".

"Ainda assim, sinto que era obrigação da Câmara Municipal de Lisboa alterar a estratégia para este espaço. O formato proposto pela autarquia é leonino e, como se prova pela falta de respostas, não capta qualquer interesse de investidores imobiliários", defendeu.

Augusto Homem de Mello acredita que um “Central Park” "daria a Lisboa um cartão-de-visita mais sofisticado e mais em linha com outras cidades do “primeiro mundo".

No final de Outubro esteve marcada a primeira hasta pública de venda dos terrenos da antiga Feira Popular, por um valor base de 135,7 milhões de euros. Porém, no dia anterior à hasta, o município anunciou não ter recebido propostas de interessados.

Uma outra hasta pública foi marcada para 3 de Dezembro, mas no dia anterior a Câmara de Lisboa anunciou não ter recebido propostas que preenchessem os requisitos. Contudo, segundo informação do município na ocasião, foram recebidas "três manifestações de interesse firmes e fundamentadas, por parte de investidores devidamente identificados, com solicitação da prorrogação do prazo para entrega de candidaturas que estão ainda a ser desenvolvidas".

A alienação destes terrenos, delimitados pelas avenidas das Forças Armadas, da República e 5 de Outubro e com uma área de construção de 143 mil metros quadrados, foi aprovada em Julho pela Câmara e pela Assembleia Municipal.

Segundo o programa do concurso, a superfície destinada ao comércio não pode ser superior a 25%, a da habitação não pode ser inferior a 25% nem exceder 35% da superfície total e 30% do terreno tem, obrigatoriamente, de ser área verde.

Os terrenos da Feira Popular estiveram na origem de um processo judicial que envolveu a autarquia e a empresa Bragaparques e que se arrastou por vários anos.

Comentários
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  • 3margarida guerra
    10 jan, 2016 Lisboa 21:47
    Chega de parques o campo pequeno esta sempre vazio passo por lá dos e mais vezes por dia tenham do.
  • António
    10 jan, 2016 Lisboa 21:35
    Acho a ideia muito boa e é uma mais valia para a cidade de Lisboa.
  • Vasco
    10 jan, 2016 Santarém 21:30
    Penso ser uma boa ideia esta do Park; para aqueles que entendem que Lisboa já tem suficientes espaços verdes e habitantes a menos a solução seria muito simples e muito interessante apesar de não terem tido até agora a sorte de um presidente de câmara tipo Marquês de Pombal que em colaboração com os proprietários e construtores restaurassem grande parte dos prédios da cidade infelizmente bem necessitados não permitindo especulações e assim trariam muitos habitantes para o centro da cidade em vez de se acumularem em bairros periféricos feitos à pressa a invadir espaços verdes e muitas das vezes sem infraestruturas à altura.
  • LX
    10 jan, 2016 Lisboa 21:24
    Concordo que aquele espaço criminosamente tirado aos lisboetas deveria ser devolvido à cidade, tornando-o num espaço público de lazer. E uma questão: o que impede que ali se reconstruisse uma nova Feira Popular moderna e inserida num projecto maior de renovação daquele troço da Av. da Repûblica? A ânsia de se fazer dinheiro com os terrenos e de sobrarem mais umas comissões para aqui e outras para ali? É que nesse aspecto já basta o que o Santana e o Carmona andavam a estudar para seu proveito e dos seus apaniguados.
  • Ricardo
    10 jan, 2016 Porto 19:25
    Não concordo muito, Lisboa já é bastante verde (basta ir ao Google Maps, e comparar com Roma, Madrid, Atenas, Barcelona ou Milão). Deveriam sim renovar outros parques que já existem, e aproveitar os terrenos para construir prédios modernos (que praticamente não existem na capital).
  • ElRoy
    10 jan, 2016 Lisboa 19:19
    Não faz sentido. O terreno não tem sequer dimensão para se fazer um projecto destes. O Campo Grande, que fica mesmo ao lado, tem 3 vezes o tamanho dos terrenos da Feira.
  • mrsrosa55
    10 jan, 2016 Amadora 17:19
    Ótima ideia! Façam o "Central Park" no local da antiga Feira Popular e deixem em paz a acessibilidade de Lisboa através da 2.ª Circular.
  • Rita
    10 jan, 2016 Santarém 16:36
    O local onde se situa vê milhares de estudantes universitários todos os dias, assim, achava uma boa ideia fazer um grande espaço para estudantes, onde haveria cafés, bares, restaurantes...ter um espaço para as festas académicas, palco, salas de conferencias, loja de produtos académicos, loja de fotocópias, ciber salas...Até poderia ter residências tipo bungalows por uma renda baixa. Enfim, tudo o que é necessário à vida de um estudante universitário.
  • Jose Sousa
    10 jan, 2016 LX 16:19
    Um projecto melhor que o da Segunda Circular, mas atenção tem que haver pessoas para o utilizar, parece-me que com este andar, qualquer só temos em Lisboa os turistas e a vereação da camara
  • Luis
    10 jan, 2016 Lisboa 16:17
    Ja existe um "Central Park" a 200 metros e so e usado pelos idosos que usam algumas mesas do JArdim do Campo Grande para jogarem as cartas. Os lisboetas gostam e de estar em casa a ver a TV dos operadores (Meo, Nos, etc).

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