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PS pode antecipar reposição das 35 horas na função pública

12 jan, 2016 - 11:50

Frente Comum pressiona com ameaça de greve geral. Enfermeiros alertam que a reposição não abrange todos os trabalhadores do Estado.

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O PS pode antecipar a entrada em vigor da reposição das 35 horas semanais na Função Pública. A data inicial era 1 Julho, mas, segundo a informação avançada pela Antena 1, pode ser antecipada.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, afecta à CGTP, exige a reposição imediata do horário de trabalho e ameaça marcar uma greve dos trabalhadores do Estado para dia 29 de Janeiro. Já o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alerta que a proposta do PS não abrange todos os trabalhadores do Estado.

A proposta socialista vincula apenas os funcionários públicos abrangidos pela Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, deixando de fora os trabalhadores com contrato individual de trabalho, abrangidos pelo Código do Trabalho.

Em declarações à Renascença, Guadalupe Simões, do SEP, diz que há pelo menos 11 mil enfermeiros que são discriminados. “É um problema, porque esta questão das 35 horas é sentida por parte dos enfermeiros como uma das matérias prioritárias e que a imposição das 40 horas veio desregular completamente os horários de trabalho dos enfermeiros.”

O sindicato defende uma uniformização que abranja todos os profissionais a trabalhar na Administração Pública. Nesse sentido, diz Guadalupe Simões, as propostas dos Verdes e do Bloco de Esquerda vão ao encontro das reivindicações dos profissionais.

“O que propõem é que as 35 horas de trabalho se apliquem tanto ao sector público como ao privado. A proposta do Bloco de Esquerda prevê que se aplique não só aos trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas, mas a todos os trabalhadores que exerçam funções no âmbito da administração pública”, descreve a responsável sindical.

Depois de mais de dois anos de jornada de 40 horas imposta pelo governo PSD/CDS, os diplomas de PS, Bloco e PCP são discutidos na quarta-feira no Parlamento, com votação marcada para sexta-feira.

Todos têm o mesmo objectivo: repor as 35 horas. A diferença está na entrada em vigor da lei. Enquanto o partido do Governo remete a aplicação da medida para o segundo semestre deste ano, os outros três partidos querem a sua aplicação o mais rápido possível.

Comentários
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  • Tulipa
    14 jan, 2016 lisboa 14:48
    E vão ver que a FP vai conseguir as 35 horas que no fundo trata-se de um enorme aumento salarial pois eles vão continuar a fazer as 40 e receber a diferença como horas extraordinárias. Acaba por ser um aumento de cerca de 200 euros mensais ou bastante mais nalguns casos. É só fazer as contas a uma hora extraordinária por dia vezes 22 dias. Eles vão acabar por conseguir. Já a reposição dos salários também foi prematura pois o país continua numa crise profunda e os privados não sabem o que fazer da vida, sem dinheiro para nada e a emigração continua de forma acelerada. E eu sei do que estou a falar pois a minha família já se foi toda embora. A minha filha em Portugal nunca conseguia um contrato efetivo em Portugal. Em Novembro foi para o estrangeiro e já está efetiva e bastante contente. País desgraçado este que só se interessa pela Função Pública.
  • Pois
    13 jan, 2016 Porto 09:46
    Pois, eu não me importava nada que um país rico tivesse uma função publica (FP) rica. Aliás, isso seria o mais natural. O problema é que somos um país pobre e, mais do que isso, devedor. E a questão é que a principal dívida é a dívida pública. Não havendo coerência entre a riqueza do país e a riqueza da FP alguém, naturalmente, pagará a factura. E eu já estou farto de pagar e não receber nada em troca. Já que este governo quis repor algumas coisas na FP, que tal repor também no privado. Podiam repor os níveis de rendimento do privado de há alguns anos atrás, podiam repor os postos de trabalho perdido no privado, etc. Não o fazem, então não vão pedir ao privado ainda mais dinheiro para que o estado continue a ter atitude paternalista apenas para alguns.
  • Tulipa
    13 jan, 2016 lisboa 01:16
    E lembrar-me eu que fui votar nesta gente. Sinto-me uma imbecil!! Como é que me conseguiram convencer? Achei que pior que os outros nunca poderiam . Estou a ficar muito preocupada! As medidas deste governo vão dar cabo da nossa saúde. Não quero mais nada que venha daqueles lados. Nem primeiros ministros nem presidentes da república!
  • Tulipa
    13 jan, 2016 lisboa 00:34
    As 35 horas para a FP é para modernizar o país! Dizem os comunistas. Um país que quando abre a boca vê-se logo que são portugueses pois estão todos desdentados. Que dignidade é que este país pode ter? Digam-me lá que dignidade pode ter um país de desdentados? Digam-me. Não se vê isso em mais nenhum país. Realmente, tenho vergonha de ser portuguesa. Tenho vergonha de pertencer a um pais com tão maus governantes. Para se ser governante de um país devia ser obrigatório fazer testes psicotécnicos.
  • Tulipa
    13 jan, 2016 lisboa 00:16
    ´Há dias estive nas finanças. Aguardava a minha vez e portanto estava com atenção ao ecran e aos funcionários que estavam a atender. Era sempre a mesma coisa. Chamavam um número, ficavam a aguardar. Daí a 5 minutos voltavam a colocar o mesmo numero e ficavam a aguardar. Depois, levantavam-se e iam dar uma volta. Regressavam, e voltavam a colocar o mesmo número e aguardavam. Já toda a gente sabia que aquela pessoa se tinha ausentado. Só depois de uma longa espera colocaram o número seguinte. Isto é para manter a sala sempre cheia para verem que estão cheios de trabalho e saem demasiado cansados.
  • Tulipa
    12 jan, 2016 lisboa 23:55
    Isto é impressionante. Agora ouvi o Jerónimo de Sousa e o Edgar Silva a dizerem na televisão que era o objetivo também fazerem o mesmo para o privado, para estarem mais tempo com a família, para sermos um país moderno. Como se alguma vez isso fosse possível no privado. Os empregados das lojas, por exemplo, as lojas abertas com clientes e eles vinham-se embora ou então fechavam mais cedo. Estes políticos pensam mesmo que somos uma cambada de imbecis. Vejam bem. Para sermos um país moderno! Um país paupérrimo, de mão estendida, sem dinheiro para comer, sem dinheiro para pagar a renda de casa, um país de desdentados, mas na função pública não há desdentados porque esses podem tratar dois dentes. Estes políticos querem é dar o dinheiro todo à função pública, pois têm lá a família toda. É tudo à basa de cunhas. Os outros nunca conseguem entrar. Mesmo quando concorrem, é só para inglês ver. Quem fica sempre são os das cunhas. Numa mesma família é o pai, é a mãe, é a filha, o filho, a prima e o primo.
  • vamos a isso
    12 jan, 2016 Lisboa 15:50
    fim à escravidão!! - meses de verão devem ser para se ter férias remuneradas a 100% - licença de parto até a criança atingir os 18 anos de idade e remuneradas a 100% - trabalhar só da parte da tarde não perdendo o direito ao subsídio de almoço - dois dias por mês pagos a 100% para a realização de plenários - reforma aos 50 anos de idade - vencimento mínimo de 5.000 euros se esta revindicação não for para a frente as centrais sindicais marcaram uma greve vitalícia
  • lavinia
    12 jan, 2016 Covilhã 15:20
    O que é verdade, é que quando se tratou de aumentar uma hora diária ao horário de trabalho, entrou em funcionamento da noite para o dia, e todos os ajustes foram possíveis e imediatos. Quando é para nosso benefício, já tudo são obstáculos.
  • lavinia
    12 jan, 2016 Covilhã 15:17
    O que é verdade, é que quando se tratou de aumentar uma hora diária ao horário de trabalho, entrou em funcionamento da noite para o dia, e todos os ajustes foram possíveis e imediatos. Quando é para nosso benefício, já tudo são obstáculos.
  • CGS
    12 jan, 2016 Seixal 14:58
    Porque razão a FP tem de ter um horário de 35 horas? Os privados têm 40 horas (ou mais) e não se queixam!

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