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​Câmara de Lisboa anuncia “bateria de radares” na 2ª Circular

25 jan, 2016 - 22:31

Vereador Manuel Salgado falava num debate na Ordem dos Engenheiros, em que foi confrontado com críticas ao projecto de remodelação da via que atravessa a capital.

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O vereador das Obras Municipais da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, anuncia que a Segunda Circular, via que será intervencionada a partir de Junho, terá "uma bateria de radares" para controlar o limite de velocidade.

"Na Segunda Circular vai haver uma bateria de radares", afirmou o vereador, não especificando porém quantos serão colocados.

O anúncio foi feito pelo autarca durante um debate sobre a obra, que decorreu na Ordem dos Engenheiros, em Lisboa, tendo Manuel Salgado acrescentado que os controladores de velocidade actualmente existentes naquela via "começaram a funcionar há um mês e pouco".

O autarca lisboeta respondia assim ao presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Manuel Trigoso, que defendeu que "diminuir a velocidade exclusivamente pela monitorização via radar não é fácil".

"Conseguir reduzir a velocidade de toda a gente que circula naquela via é complexo se não houver alteração do traçado", sustentou o dirigente.

A Câmara de Lisboa prevê a diminuição da velocidade de circulação na segunda circular de 80 para 60 quilómetros/hora.

Até sexta-feira, está em consulta pública o projecto da maioria PS no executivo para diminuir o tráfego de atravessamento na Segunda Circular, através da reformulação de alguns acessos e dos nós de acesso ao IC19 (itinerário complementar) e à A1 (auto-estrada), encaminhando o trânsito para a CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa).

Prevê-se também a implantação de um separador central maior e arborizado (com mais de 500 exemplares), a plantação de 7.500 árvores na envolvente, a redução da largura das vias (onde ainda não se verifica), a montagem de barreiras acústicas, a reabilitação da drenagem e do piso, a renovação da iluminação pública e da sinalética.

Orçadas em 12 milhões de euros, as obras devem iniciar-se em Junho, durando 11 meses.

Manuel Salgado afirmou também que actualmente atravessar aquela via lisboeta a 80 quilómetros/hora demora pouco mais de sete minutos, enquanto fazê-lo a uma velocidade de 60 quilómetros/hora demora 10 minutos, considerando quer isso não põe em causa a "imprescindível [necessidade de] diminuir a sinistralidade".

No debate, que contou com uma audiência de mais de uma centenas de pessoas e que encheram o auditório da sede da Ordem dos Engenheiros, foi também criticado o desvio do trânsito para vias dentro da cidade de Lisboa por parte do antigo vereador da autarquia Nunes da Silva.

"As pessoas vão fazer o triplo dos quilómetros para chegar ao mesmo sítio", considerou, defendendo uma "abordagem muito mais integrada do que é a mobilidade em Lisboa, e não só da Segunda Circular".

Em cima da mesa esteve ainda a questão do ruído provocado pela grande afluência de automóveis.

Francisco Ferreira, do Colégio de Engenharia do Ambiente da Ordem dos Engenheiros, considerou que a diminuição dos valores em causa será "significativa", representando uma redução de três decibéis por parte da alteração do pavimento, 3,5 por via da diminuição da velocidade e um decibel devido ao desvio do tráfego.

Também no painel de oradores esteve o especialista em ordenamento e integração urbana António Pais Antunes, que se queixou da falta de "informação de maior qualidade" relativamente ao projecto, e recusou a ideia de que a arborização do separador central da estrada possa interferir com a aviação.

"Parece-me que estamos todos a delirar", ironizou, sustentando que "a taxa de acidentes graves por causa de aves é de um por cada mil milhões de horas de voo".

Comentários
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  • Fernanda Pires
    18 jul, 2016 Lisboa 15:42
    Boa maneira para roubar, já estavam a faltar obras publicas, a segunda circular que foi imaginada para escoar o transito...vem um louco e coloca a 2ª circular como um travão no transito, para vermos a paisagem.......................................................
  • Victor Carvalho
    15 jul, 2016 Oeiras 21:14
    Árvores no centro das vias, boa, para, a começar pelo PCML afiarem lá os cor##s. Obra escusada, claro. mais uns, mil milhões para os rapazes da C eGoverno
  • 06 jul, 2016 17:22
    É porque não montarem umas esplanadas para até, qui da , tomar-mos uns cafezinhos???
  • Mario Castelhano
    06 jul, 2016 Lisboa 09:49
    O vereador das Obras Municipais da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado disse e passo a citar: "Parece-me que estamos todos a delirar", ironizou, sustentando que "a taxa de acidentes graves por causa de aves é de um por cada mil milhões de horas de voo". Isto até pode ser verdade e não discuto mas bastará acontecer uma vez, para que seja a maior tragédia que aconteceu em Lisboa, após o terramoto de 1755. A minha pergunta é: Será que vale a pena? Ou será mais uma obra "escusada" como a que foi feita na Avenida da Liberdade, que só causa transtornos?
  • Luis Fernandes
    26 jan, 2016 Lisboa 14:26
    A avaliar pelos custos de instalação e manutenção dos radares que foram instalados anteriormente e não resolveram problema nenhum, para alem de terem custado dinheiro ao contribuinte, mais uma vez vamos investir numa solução que nada resolve e custa dinheiro. Está na altura dos Portugueses exigirem a responsabilização judicial dos Políticos e Gestores que esbanjam o dinheiro dos nossos impostos de forma absurda. Precisamos de uma cidade limpa, sem buracos, com boa iluminação e segura! Em vez de termos uma câmara que passa o tempo todo a inventar projectos.
  • Rogerio
    26 jan, 2016 Oeiras 13:28
    Mais CICLOVIAS para BICICLETAS e MOTORIZADAS, PLEASE !! Mais TRANSPORTE PUBLICO, PLEASE!! REDUÇÃO do numero de Automoveis com UMA SÓ Pessoa lá dentro, JÀ !!!
  • Castelo Branco
    26 jan, 2016 Lisboa 12:21
    Façam a respectiva manutenção aos buracos, verifiquem a iluminação, existem diversos candeeiros com as lâmpadas fundidas há vários meses. Não necessitam de fazer obras de 11 milhões, mas como o PS teve sempre um fetiche pelas obras públicas, nada há a fazer senão pagar com taxas e taxinhas. Alguém deve estar a estar a fazer contas. Está de acordo com o governo, haja despesismo, haja endividamento, depois virá alguém para pagar e esses levam com as culpas da “crise” e do “empobrecimento”.
  • F Cunha
    26 jan, 2016 Lisboa 11:24
    Será que o projecto está todo errado? Todos criticam para poderem dizer que são importantes. Plantem árvores artificiais, não crescem, não cai a folha, não precisam de rega, etc.
  • Zé toino
    26 jan, 2016 quase quase em Lisboa 09:37
    O mais facil é colocar em todas as entradas da cidade sinais a proibir a entrada a todos excepto as viaturas de vereadores e presidente da camara e respectivos familiares. Pronto, resolvia-se de vez e ficavam contentes ! Respeito pelos portugueses é que era preciso, sff !
  • zita
    26 jan, 2016 lisboa 08:17
    E vão funcionar?

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