03 fev, 2016 - 11:23
O director dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) revelou que no mês de Janeiro morreram nos HUC três doentes infectados com a bactéria multirresistente Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). Nos serviços da unidade há ainda mais de uma dezena de doentes contaminados.
"No mês de Janeiro registámos três óbitos atribuíveis à infecção por Klebsiella. Temos seis óbitos nos quais os doentes estavam colonizados, mas só em três destes é que podemos atribuir o desfecho fatal à infecção por klasisibiela", referiu José Pedro Figueiredo, em conferência de imprensa.
"Encontram-se hoje internados 13 doentes com culturas positivas para este tipo de Klebsiella", acrescentou.
Apesar dos números apresentados, o clínico garante que não se trata de um surto, mas de uma situação limitada e contida, e que não há razão para alarme social.
Nestas declarações aos jornalistas, o responsável garantiu que, para evitar a propagação da bactéria, o centro hospitalar está a rastrear todas as pessoas que tiveram contacto com os doentes infetacdos, sendo natural que em breve surjam mais casos positivos.
No ano passado, esta mesma bactéria - muito resistente a antibióticos - foi directamente responsável pela morte de três pessoas no hospital de Gaia. A unidades suspeitou que a origem do surto tenha sido numa doente que fez vários ciclos de antibiótico e que partilhou, no dia 29 de Junho, a mesma unidade de pós-operatório com o primeiro paciente infectado.
Na altura, o director-geral da Saúde, Francisco George, explicou que na origem do problema com a bactéria detectada em Gaia está “o uso indevido, inadequado”, de antibióticos.