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Eutanásia. Presidente da Associação de Médicos Católicos quer um referendo

08 fev, 2016 - 07:06

Carlos Rocha discorda do manifesto pró-despenalização da morte assistida, apresentado durante o fim-de-semana, e defende uma aposta mais eficaz nos cuidados paliativos.

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O presidente da Associação dos Médicos Católicos Portugueses discorda da legalização da morte assistida, mas, defende que, caso de avance nesse sentido, é necessária a realização de um referendo.

“Lamento que se tenha tomado esta iniciativa, mas uma vez que foi tomada, não me passa pela cabeça que numa questão destas não se ouça a opinião dos portugueses. Só o referendo é que poderá ser esclarecedor”, defende Carlos Rocha, em declarações à Renascença.

Durante o fim-de-semana, foi apresentado um manifesto pela despenalização da eutanásia.

Do ponto de vista de Carlos Rocha, o importante é apostar nos cuidados paliativos. “Sabemos que não são, neste momento, ainda, uma resposta suficiente, mas é neles que devemos apostar” quando o objectivo é diminuir o “sofrimento no fim da vida, particularmente nas doenças oncológicas e crónicas”, declara o presidente da Associação dos Médicos Católicos Portugueses.

Reflexão sobre aborto e adopção “gay”

Na semana em que os temas do aborto e da adopção por casais do mesmo sexo voltam ao Parlamento, a Associação dos Médicos Católicos Portugueses emitiu um comunicado.

O documento começa por lembrar aos deputados que são convocados a uma reflexão democrática, que exige participação e responsabilidade na protecção da vida humana de qualquer manipulação ou instrumentalização, seja ao nível físico, psicológico ou social.

No caso do aborto, estes médicos recordam a sua função de cuidadores da vida e elogiam os avanços da legislação anteriormente aprovada, em dois planos essenciais: favorece, por um lado, a protecção da maternidade e paternidade no apoio prestado a todas as mulheres grávidas; consagra, por outro, aos médicos a liberdade de objecção de consciência sem, no entanto, os afastar do processo de tomada de decisão favorecendo, assim, o acesso completo à informação disponível.

Já quanto à adopção por casais do mesmo sexo, a Associação dos Médicos Católicos reafirma que as crianças não podem ser usadas e instrumentalizadas por interesses individuais.

Mais: considera que tal adopção acarreta consequências imprevisíveis para a criança, com graves problemas para a construção da sua identidade psíquica e social.

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  • 15 fev, 2016 14:06
    maria,15/02/2016 lamento mas eu tenho o dever de deixar aqui o que pensso sobre eutenásia é uma grande barbaridade pois deus nos deu a vida e deus nos cria ´ (claro com ajuda dos nossos pais). e tambem temos o direito de morrer quando o nosso dia chegar ... os medicos de bom moral só devem ajudar a viver e nunca a matar.j´passei por vários casos de meus familiares com doenças em que nem gosto de falar delas,mas nunca nenhum dos meus queridos familiares mediram a morte,pelo contrário por favor srº drº cure-me e não me deixe morrer... (o que eu acho é que estamos num mundo muito matrealista e com muita falta de valores humanos).
  • Fersilva
    15 fev, 2016 Almada 13:52
    Referendo ?? Mas então trata-se de uma decisão individual, tal como os médicos se podem recusar a pratica-la, eu, se estiver nesse estado, também quero ter o direito de acabar com o meu sofrimento, com condições. O que têm os outros a ver com isso ? A vida é de cada um, cada um sabe de si. Direito à eutanásia já, referendos não. Ninguém, mas mesmo ninguém, tem o direito de decidir por mim !
  • rosinda
    08 fev, 2016 palmela 17:27
    Penso que nao podemos partir para um referendo sem antes explicar as pessoas por palavras simples o que significa eutanasia! Debates com gente que nao tenha uma bandeira politica por tras.
  • rosinda
    08 fev, 2016 palmela 17:13
    E antes do referendo devem ser feitos debates serios com pessoas serias que nao facam parte de partidos politicos!
  • rosinda
    08 fev, 2016 palmela 16:57
    Claro que tem de ser feito um referendo ! De outra maneira e completamente inpensavel .
  • Miguel
    08 fev, 2016 Riyadh 10:21
    "...consagra, ..., aos médicos a liberdade de objecção de consciência sem, no entanto, os afastar do processo de tomada de decisão.." Portanto como nao concordam, nao querem ajudar, mas reservam-se o direito de atrapalhar. Ou uma coisa ou outra, nao exagerem.
  • Tania
    08 fev, 2016 Lisboa 09:48
    Toda a gente tem o direito a escolher como vive e como morre, ninguém, nem mesmo os médicos, têm direito a questionar ou impedir os direitos destas pessoas. Quem se opõem à eutanásia certamente não sabe o que é viver com dores constantes e sem esperança alguma. E embora os médicos podem ter feito um juramento de hipócrates nunca devem permitir alguém viver com extrema dor e sofrimento! Se para os animais é um "favor que lhe fazemos", porque não podemos ser tão complacentes com os humanos? Se os próprios médicos não o podem fazer então que arranjem outras pessoas para o fazerem. O próprio juramento de hipócrates está incorreto, os médicos devem assegurar pelo bem estar dos seus pacientes, e se não há mais nada a fazer, se a vida que este tem é de extrema agonia, sofrimento onde essa pessoa prefere morrer a viver assim, o médico devia ter o dever de acabar com esse sofrimento. Considerando o que o paciente deseja pois no final é a vida dele, a escolha dele. É cruel e imoral esta gente pensar que pode controlar como outra vive ou morre, independente da religião que tiver. Está na hora de retirar o Católico da medicina tal como se tirou do estado!
  • Tiago
    08 fev, 2016 Branco 09:14
    Os médicos não a tiram, o paciente dá aos médicos a permissão para o fazer se este não se objetar. E se for feito um referendo, vai-se chegar a conclusão que este tema é ainda menos divisório que o tema do aborto, o último estudo que li sobre isto mostrava que maioria da população portuguesa é a favor da eutanásia.
  • 08 fev, 2016 08:18
    Ninguem tem o direito de tirar a vida a ninguem, muito menos os medicos que fizeram um compromisso de honrra, de nao tirar a vida mas sim de cora-la, ou pelo menos tentar com todos os seus meios e conhecimentos, mas nunca tira-la.

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