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José Veiga em prisão preventiva. Paulo Santana Lopes em domiciliária

08 fev, 2016 - 19:22

"Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento, fraude fiscal e tráfico de influência", avança a PGR.

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O empresário José Veiga fica em prisão preventiva e o gestor Paulo Santana Lopes em domiciliária até ao pagamento de uma caução de 1 milhão de euros, no âmbito da operação “Rota do Atlântico”, avança a Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Ministério Público adianta, em comunicado, que a terceira arguida no caso, a advogada Maria de Jesus Barbosa, vai aguardar o desenrolar do processo com termo de identidade e residência. Não pode deixar o país nem contactar com outras pessoas envolvidas no caso.

"Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento, fraude fiscal e tráfico de influência", explica a PGR.

O gestor Paulo Santana Lopes fica em prisão domiciliária, sem pulseira electrónica. Terá um agente da PSP à porta de casa para garantir que a medida de coacção é cumprida. Fica também proibido de contactar com os outros arguidos, suspeitos e testemunhas. "A obrigação de permanência na habitação pode ser substituída pela prestação de caução no valor de 1 milhão de euros", adianta o comunicado da PGR.

O Ministério Público refere que o caso "Rota do Atlântico" tem, até agora, um total de nove arguidos: quatro pessoas singulares e cinco colectivas.

O quarto arguido singular, cujo nome não é revelado, fica a aguardar o desenrolar do processo em liberdade, com termo de identidade e residência.

José Veiga, Paulo Santana Lopes e Maria Barbosa foram detidos na passada quarta-feira. Desde então foram ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, o advogado do empresário José Veiga disse que a defesa vai começar agora a "análise em detalhe" do processo, para estabelecer uma estratégia que ponha termo à medida de coação.

À saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, Rogério Alves manifestou a expectativa de que a situação de prisão preventiva "possa vir a ser alterada, no curto espaço de tempo".

Já o advogado de Paulo Santana Lopes afirmou que não vai recorrer da medida de coação aplicada ao seu constituinte.

"Fiquei satisfeito com a colaboração que prestámos ao tribunal e com a forma como os trabalhos decorreram", disse Tiago Félix da Costa, adiantando que as medidas de coação "não significam o juízo de culpabilidade de ninguém e serve apenas para acautelarem a investigação".

[notícia actualizada às 22h41]

Comentários
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  • Kaganiço
    09 fev, 2016 montreal.canada 11:43
    A DIVINA COMEDIA
  • Maomé
    09 fev, 2016 Cuba 10:30
    E o povo é que gastava mais do que ganhava?! Quantos vermes políticos responsabilizaram o povo trabalhador pela crise do país?! Tem sido um desmascarar de situações que, contribuíram para a desgraça dos portugueses...estes elementos fazem parte dos tentáculos do imenso polvo (políticos, banqueiros e capatazes) que têm delapidado o sistema económico e financeiro português!
  • Luis
    09 fev, 2016 Lisboa 07:59
    Hoje não resta qualquer duvida de que a razão das nossas consecutivas crises se deve ao facto de "nunca tantos terem roubado tanto, durante tanto tempo". Até o Passos e os restantes Pafianos já não dizem que a crise se deve " a os Portugueses terem durante muito tempo vivido acima das suas possibilidades". Tudo é muito claro e nada oferece duvidas. Por explicar fica apenas a seguinte questão: Com tanto ladrão, com tanto corrupto, com tantos rapazitos mal comportados (boyadas partidarias e amigos) como é que este País resistiu tanto tempo? Tal facto de certeza que vai ser estudado no futuro em todas as Universidades do Mundo. Será mais um milagre de Fatima? Protecção divina?
  • BRANCA MARTINS
    08 fev, 2016 CACEM 23:18
    Gostava de saber a diferença entre os crimes cometidos pelo JOSE VEIGA e o PAULO SANTANA LOPES para um ficar preso e o outro ir para casa com pulseira. A diferença deve ser só por um ser irmão de um ex-primeiro ministro será ? Justiça mesma à portuguesa.
  • Jorge Coelho
    08 fev, 2016 ALMEIRIM 22:43
    Da lhe com forca juiz , nao se esquecam povo quando acusam estas pessoas assim 99.9 por cento e verdade
  • 08 fev, 2016 22:41
    Ainda bem que existe um juiz Que Tem a enormíssima coragem de por essa podridão atras das grandes.
  • Fernando
    08 fev, 2016 Figueira da foz 21:36
    Um fica preso o outro da cá um milhão e vai para casa. Só para rir
  • Treinador de Bancada
    08 fev, 2016 Porto 21:11
    "Parlamento quer promover a alheira, PAN vota contra".
  • Daniel Pastel
    08 fev, 2016 Centro 21:05
    Ha muita gente que não "quer" trabalhar neste pais porque quem oferece trabalho são gente como esta, "trabalhar" para mandar o pais abaixo enquanto se enche os bolsos à mafia não vale a pena.
  • Pinto
    08 fev, 2016 Custoias 21:05
    Estes corruptos, gente importante deste país têm sempre defesa garantida e nunca ficam descalços. Os portugueses têm andado a pagar dívidas impagáveis. O país tem corruptos ao mais alto nível, na economia, banca e política. Os gestores públicos estão ao dispor de grupos económicos privados sem escrúpulos, assim temos visto falências, prejuízos e gestões danosas, que fazem com que o país esteja dependente de terceiros. Esta república das bananas tem sido gerida por abutres donos da economia privada que usam a política para atingir os fins.

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