11 fev, 2016 - 10:00 • André Rodrigues
Com críticas, e em sentido contrário à proposta do Governo, o Conselho das Escolas chumba o fim dos exames nacionais no 4º e 6º anos de escolaridade. O parecer do órgão de consulta do ministro da Educação responde à própria tutela, que pediu aos vários representantes de escolas de todo o país que avaliassem a proposta de modelo integrado de avaliação dos alunos do ensino básico.
Tiago Brandão Rodrigues já fez saber que quer terminar com os exames que finalizam o primeiro e o segundo ciclos do básico, introduzindo provas de aferição no 2º, 5º e 8º anos de escolaridade.
Mas Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas (ANDAEP) e membro do Conselho das Escolas, não podia ser mais claro: "Não faz sentido alterar as regras a meio do ano lectivo".
A afirmação confirma o tom crítico do parecer das escolas, divulgado esta quinta-feira pelo “Diário de Notícias”.
Em entrevista à Renascença, o responsável da ANDAEP considera que “as coisas não podem mudar a cada novo governo” e que o sistema educativo "não pode ser um joguete dos partidos políticos, porque sabemos que se temos no governo um partido de esquerda, vamos ter provas de aferição; se tivermos um partido de direita, vamos ter exames nacionais”.
“Ou seja, as coisas na Educação não podem andar ao sabor dos partidos políticos. Porque nas escolas já percebemos que não há estabilidade. E estabilidade é a chave de uma boa pedagogia", remata.