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Operação Fizz

Procurador fica em prisão preventiva. Vice-presidente de Angola não é arguido

25 fev, 2016 - 20:39

Orlando Figueira é suspeito de corrupção, por alegadamente ter recebido luvas para arquivar investigações que envolviam Angola.

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O procurador Orlando Figueira vai ficar em prisão preventiva por suspeita de corrupção no âmbito da operação “Fizz”. O vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, não é arguido, avança a Procuradoria-Geral da República (PGR).

A medida de coacção a Orlando Figueira foi comunicada, esta quinta-feira, pelo Tribunal de Instrução Criminal, depois de concluído o interrogatório que começou na quarta-feira à noite.

A juíza determinou a prisão preventiva, medida de coação mais gravosa, por considerar que há fortes indícios da prática do crime de corrupção e também de branqueamento e falsidade informática.

A juíza considerou haver o perigo de perturbação da tranquilidade e da ordem pública e também o perigo de fuga, pelo que Orlando Figueira ficará em prisão preventiva.

Há indícios que apontam que o procurador do Ministério Público, em licença sem vencimento desde 2012, tenha recebido luvas para arquivar investigações que envolviam Angola.

O magistrado Orlando Figueira será agora conduzido ao Estabelecimento Prisional de Évora.

Vice-presidente de Angola não é arguido

Numa nota enviada às redacções, a Procuradoria-Geral da República (PGR) esclarece também que nesta investigação há três arguidos: uma pessoa colectiva e duas singulares.

Entre os arguidos, garante a PGR, não se encontra o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente. Algumas noticias davam ontem conta de que também existem indícios que recaem sobre este alto representante do Estado angolano.

O outro arguido é o advogado Paulo Blanco, que representou o vice-presidente de Angola na compra de um apartamento no edifício Estoril Sol, em 2012, e cujo escritório de advocacia foi alvo de buscas.

No comunicado, a PGR refere que os "factos em investigação indiciam suspeitas de prática dos crimes de corrupção passiva na forma agravada, corrupção activa na forma agravada, branqueamento e falsidade" informática.

A Procuradoria-Geral da República adianta que "as investigações prosseguem sob a direcção do Ministério Público e com a coadjuvação da Polícia Judiciária, tendo durante o dia de ontem (quarta-feira) sido realizadas novas buscas no âmbito do inquérito".

[notícia actualizada às 22h28]

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  • Ferreira
    26 fev, 2016 Lisboa 07:57
    Se fossem apanhados todos os que arquivaram processos devido a favores em grandes casos e em pequenos casos teriam que ser construidas mais esquadras em Évora. Fiz uma exposição à PGR relativamente a um arquivamento por duas vezes de um processo com a falsa justificação de "por falta de provas". Após exposição à PGR o processo foi novamente reaberto tendo o MP finalmente reconhecido os "indicios de crime" e só não transitou para julgamento por eu não ter possibilidades de me constituir como assistente. A PGR de Lisboa enviou a minha exposição para a PGR Lisboa Oeste pois as investigações foram efectuadas pelo MP de Oeiras. A PGR recusou após imensas insistências minhas a dar uma resposta à minha exposição a qual era demasiado comprometedora para o MP de Oeiras. Como é óbvio " os indicios criminais " referem-se a uma Instituição Publica (CMO). As Instituições Publicas estão inundadas de muitos "compadres " com o mesmo cartão partidario e como tal protegem-se uns aos outros. Vou novamente canalizar todo o processo para a PGR Lisboa para ver como é que esta vai resolver o assunto. Curioso é verificar que a própria PGR criou no seu site a possibilidade de o cidadão devidamente identificado denunciar actos de "possivel corrupção". No site não consta qualquer indicação de que caso se verifiquem, após denuncia, ilicitos criminais o processo só transite para julgamento desde que o denunciante se constitua como assistente. E tem sido assim o combate à corrupção. Aguarda-se melhoras
  • A.Moura
    25 fev, 2016 Lx 22:39
    Não tenho memória de alguma vez algum magistrado, mesmo de licença, ter ficado em prisão preventiva. É um bocadinho preocupante!
  • Vitor
    25 fev, 2016 Chaves 21:47
    Corrupção activa? Não será corrupção passiva?
  • Pela transparência
    25 fev, 2016 Montijo 21:42
    Assustador! Isto quer dizer que a justiça pode arquivar um processo quiser, ou seja têm "a faca e o queijo nas mão". Neste caso a justiça resolveu intervir, mas podia também resolver não intervir, eles têm sempre razão! Também o MNE disse que não podia comentar o caso por haver separação de poderes. Eu lembro que a justiça é um poder não eleito democraticamente e que numa democracia nada está acima da critica. Os poderes onde há opacidade com a cumplicidade dos media, são assustadores. Mas tudo isto é normal!
  • NL
    25 fev, 2016 Ermesinde 21:37
    E quando é que são presos os outros? Sabem do que estou a falar, não sabem senhores justiceiros, senhores donos da justiça em Portugal?
  • sergio jose
    25 fev, 2016 ericeira 21:20
    E por onde andam os muitos outros procuradores e pseudo juizes dentro da mesma linha? Só este é que teve azar e foi apanhado

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