29 fev, 2016 - 18:27
O Governo formalizou esta segunda-feira a candidatura de António Guterres a secretário-geral das Nações Unidas, avança o gabinete do primeiro-ministro.
A candidatura de António Guterres foi formalizada através
de uma carta do chefe do Governo, António Costa, enviada aos presidentes da
Assembleia-Geral e do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O gabinete do primeiro-ministro refere, em comunicado, que a candidatura de António Guterres “é objecto de um amplo consenso interno”.
“Ao tomar esta iniciativa, Portugal contribui de forma activa para o processo de selecção do próximo secretário-geral, apresentando um candidato excepcionalmente qualificado para o desempenho daquele lugar”, sublinha o Governo.
António Guterres foi primeiro-ministro de Portugal, entre 1995 e 2002 e depois assumiu o cargo de alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, entre 2005 e 2015.
O Governo português afirma que, ao longo da sua longa carreira de serviço público, Guterres “deu provas do seu compromisso com os ideais humanistas consagrados nos objectivos e nos princípios da Carta das Nações Unidas, bem como da sua capacidade de liderança e gestão ao mais alto nível”.
Também são elogiadas as “competências diplomáticas”, a "vasta experiência internacional", o conhecimento profundo do sistema das Nações Unidas, a "forte capacidade reformista" e "permanente empenho na promoção da igualdade de género, com resultados concretos e duradouros".
Enquanto alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, "lidou com um dos mais exigentes desafios com que a comunidade internacional se depara, desempenhando as suas funções com irrepreensíveis imparcialidade, competência e eficácia, bem como profunda consciência humanitária em prol das populações refugiadas e deslocadas", sustenta o Governo.
O gabinete de António Costa conclui o comunicado defendendo que a candidatura de António Guterres "é para o Governo português um imperativo, num tempo em que, mais do que nunca, é urgente mobilizar o mundo em prol da paz e da segurança, dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável".