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Ministro do Ambiente garante: “Acabou a impunidade” da poluição no Tejo

01 mar, 2016 - 14:19 • Paulo Ribeiro Pinto, com Lusa

Matos Fernandes diz que já foram desencadeadas 97 inspecções ao caudal e anuncia um reforço de 16 inspectores para o sector.

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Poluição no Tejo. Imagens de Arlindo Marques
Episódios de poluição têm sido recorrentes no Tejo. Imagens: Arlindo Marques/SOS Tejo

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O ministro do Ambiente revelou esta terça-feira que, nas últimas semanas, foram feitas quase uma centena de inspecções à poluição no rio Tejo. No debate na especialidade do Orçamento do Estado para este ano, João Matos Fernandes acusou o anterior governo de nada ter feito desde o Verão do ano passado para avaliar o grau de poluição na bacia do rio.

Nas últimas semanas, garante o ministro do Ambiente, já foram feitas dezenas de inspecções, acções que acredita já estarem a mudar o comportamento das empresas suspeitas de poluírem o Tejo. “Dos casos que temos acompanhado, parece-nos claro que a situação está a mudar. Acabou a impunidade. Com os meios que temos, é possível fazer melhor”, declarou.

Matos Fernandes descreveu no Parlamento as 97 inspecções desencadeadas, “das quais algumas foram tornadas públicas”. “Encontrámos situações que obrigaram a emitir mandatos para que, em prazos razoavelmente curtos, a situação de poluição tivesse que ser modificada sob pena de se encerrarem as actividades”, sublinhou ainda o ministro.

O ministro do Ambiente foi ouvido esta terça-feira numa audição conjunta das comissões parlamentares do Ambiente e Economia sobre o Orçamento do Estado para 2016, onde anunciou o reforço da equipa de fiscalização ambiental, com 16 novos inspectores, uma medida integrada no Simplex no sector.

João Matos Fernandes falou ainda na criação do superfundo ambiental a partir dos quatro já existentes, uma decisão que, diz o ministro, permite ter "músculo financeiro para poder agir".

O ministro do Ambiente revelou também que mantém contacto com as autoridades espanholas sobre a central nuclear de Almaraz, na fronteira. Numa resposta ao Bloco de Esquerda, o ministro garantiu que os incidentes nas instalações da central não são graves.

"Temos tido relato do que tem acontecido", referiu João Matos Fernandes, acrescentando, "sem querer minorar" o caso, que a autoridade espanhola que segue o sector classificou na sua escala de análise com "zero" a situação ocorrida.

No último mês, depois de notícias de que inspectores do Conselho de Segurança Nuclear espanhol têm alertado para falhas no sistema de arrefecimento de serviços da central nuclear", partidos da oposição e associações ambientalistas transmitiram preocupação com as consequências para Portugal.

Comentários
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  • Manuel Peralta
    02 mar, 2016 Alcains 00:03
    Como se pode acreditar nestes políticos, corja de a.d.a.õ.s, que acabam de conceder o Título de Instalação a uma Centroliva 2 em Castelo Branco/Alcains, denominada" Valamb Lda," empresa esta com sede no Fundão, que explora bagaço de azeitona e que pretende infestar o ar e poluir a ribeira da Líria, afluente do rio Ocreza e que desagua no Tejo? A Centroliva já infesta o ar em VVRódão e matou a fauna na ribeira do Açafal, e os fiscais do ministério nem sequer conseguiram que se limpasse a porcaria que esta empresa por ali fez? Como acreditar que agora com a geringonça será possível, acabar com os poluidores? CCDRCentro, IAPMEI, APAmbiente, SEPNA/GNR, IGAO/MAOTE, tanta gente, tantos gabinetes e nada ...apenas palavras, palavras, palavras... E a poluição e as licenças para poluir, continuam a ser passadas. Passem por favor pelo blog ..... teradoscaes .... ou pelo site da Triplo A, e verão as lutas que por ali se desenvolvem. Abaixo assinados com 800 assinaturas, câmara que oferece terreno aos amigos, 65 mil euros, quercus que recebem sede contra parecer a autorizar poluir, enfim é este o país e a gente e as instituições que temos. Quem ajuda os cidadãos indefesos que nada podem fazer contra o amigalhanço do costume...
  • Pinto
    01 mar, 2016 Custoias 16:10
    Sou como S.Tomé.
  • Raul Silva Santos
    01 mar, 2016 Vila Nova de Gaia 15:59
    E é só no rio Tejo????E nos outros rios????Ou é porque Portugal é só Lisboa e o resto é mato!!!!!.
  • Costa
    01 mar, 2016 Lisboa 15:58
    E no rio Tornada?
  • DR Xico
    01 mar, 2016 Lisboa 15:51
    É para levar a sério?? Esperemos desesperadamente que neste país os corruptos, poluidores, vigarista comecem desde já a serem julgados na justiça e com penas exemplares. Um governo de esquerda não quer dizer bandalheira, ou deixa andar, metam as autoridades nas ruas a inspeccionar e a punir os prevaricadores. NÃO QUEREMOS QUE ACABE A POLUIÇÃO SO NO TEJO, E O ZEZERE, MINHO, E TODOS OS OUTROS RIOS??
  • Domingos Festas
    01 mar, 2016 Covilhã 15:31
    É lamentável que grandes cidades ainda tenham alguns esgotos públicos a correr ao ar livre para pequenos afluentes de grandes rios, que se tornam afluentes também do rio Tejo. É também lamentável que as autoridades regionais do ambiente tenham conhecimento destas situações e pouco ou nada façam para obrigar à sua resolução. Como é possível que os esgotos de urbanizações recentes (entre 10 e 15 anos) possam não estar a ser enviados para estações de tratamento de esgotos? Se não tinham dinheiro para construir estações de tratamento ou as estações elevatórias então não aprovavam a construção das urbanizações.
  • 01 mar, 2016 Porto 15:23
    Está mal. As empresas deveriam ser livres de poluir, tal como o fazem legalmente fazem na China e em outros países. Assim, se seguirem as normas legais para se desfazerem dos subprodutos poluentes da sua actividade, aumentam os custos e deixam de ser competitivas e perdem mercado. Se queremos ganhar a batalha da produtividade, ser competitivos, exportar a bom preço e criar riqueza temos de poluir bastante e facilmente e barato, sem multas.
  • Eduardo Teixeira
    01 mar, 2016 Bragança 15:07
    Então senhor Ministro será desta que se vai acabar com os resíduos nucleares no rio Tejo provenientes da Central Nuclear de ALMARAZ? Sabe que ela tem fissuras e deixam escapar para o Tejo poluentes nucleares! Cá estaremos para ver!

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