07 mar, 2016 - 07:36
Chegaram a Lisboa, esta segunda-feira de madrugada, 64 refugiados provenientes da Grécia, com nacionalidade síria e iraquiana. Vão ser acolhidos em Portugal ao abrigo do programa de recolocação da União Europeia.
No aeroporto de Figo Maduro, para receber o grupo, esteve o ministro adjunto, Eduardo Cabrita, que reiterou a disponibilidade do país para acolher para refugiados e rejeitou o fecho de fronteiras.
“Portugal e França são os dois países que, no dia do Conselho Europeu sobre a questão dos refugiados, mostraram sinal de solidariedade, dizendo não ao fecho de fronteiras e sim à cooperação europeia, para apoiar quem foge da guerra e de situações de dificuldade. Este conjunto de pessoas irá, depois de realizadas as formalidades administrativas, ser colocada em instituições um pouco por todo o país”, afirmou aos jornalistas.
Durante a semana, vão chegar mais 50 refugiados, de várias nacionalidades, tidas como prioritárias no mesmo programa europeu.
Esta segunda-feira, começa, em Bruxelas, uma cimeira extraordinária entre a União Europeia e a Turquia para debater a crise migratória. Fontes diplomáticas citadas pela agência Reuters revelam está em preparação o encerramento da chamada rota dos Balcãs – a passagem para milhares de refugiados em território europeu.
Segundo o jornal “Financial Times”, a União Europeia deverá propor a reestruturação do sistema de asilo, centralizando os pedidos para o Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo.
Na opinião do antigo comissário europeu António Vitorino, a crise de refugiados só será estancada com um efectivo controlo na Turquia. Já o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, considera que a União Europeia está, nesta altura, a fazer o possível, mas lembra que as negociações com a Turquia têm um carácter muito particular, dada a sua situação geoestratégica.