16 mar, 2016 - 10:34
O vereador do CDS João Gonçalves Pereira afirma que o novo plano para Segunda Circular é apenas uma amostra do que foi anunciado e custa mais 30%.
“Passámos de oito mil árvores para qualquer coisa como 1.800, os nós de acesso e os viadutos anunciados não aparecem e a bateria de radares que foi tão anunciada pela Câmara [de Lisboa], nesta mesma empreitada não aparece”, começa por apontar, em declarações à Renascença.
“Há algo aqui que carece de alguma explicação, porque, ainda por cima, hoje o valor da empreitada é mais 30% do anunciado. Não consigo perceber como é que menos obra, em menos tempo custa muito mais dinheiro. É contas à Fernando Medina”, reclama.
O plano revisto para a Segunda Circular, em Lisboa, é discutido esta quarta-feira em reunião de Câmara e o tema promete continuar a dar polémica.
A proposta da maioria PS, que visa aumentar a segurança rodoviária, a fluidez do trânsito e a qualidade ambiental, já foi apreciada pelo executivo em Dezembro passado, mas a oposição pediu o seu adiamento de forma a ouvir a população.
Entre as principais alterações está a substituição de árvores da espécie lódão por freixos, o alargamento do separador central para a extensão mínima possível em cada zona, a aplicação de um sistema de retenção de veículos, a introdução de guardas de segurança e a criação de zonas de transição nos acessos da A1 (Autoestrada do Norte) e IC19 (Itinerário Complementar) à Segunda Circular.
Paralelamente, a autarquia quer "melhorar a velocidade comercial dos autocarros" que por ali passam.
Em causa está um concurso público com publicidade internacional de quase 13 milhões de euros (incluindo o Imposto sobre o Valor Acrescentado), investimento que, na proposta inicial, rondava os 10 milhões.
Também o prazo da obra - que deve ter início em Junho - passou de dez para oito meses.
Veja aqui o projecto inicial para a Segunda Circular:
Interactivo: Tudo o que precisa de saber sobre a futura 2ª Circular