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Mais de nove mil operacionais destacados para combater incêndios no Verão

17 mar, 2016 - 07:31

O dispositivo é apresentado esta quinta-feira, com a presença da ministra da Administração Interna, e não difere muito do definido para 2015, ano em que a severidade meteorológica foi a terceira mais severa dos últimos 16 anos.

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A época mais crítica em incêndios florestais, que começa a 15 de Maio e termina a 15 de Outubro, vai contar este ano com um total de 9.708 operacionais, 2.235 equipas, 2.043 viaturas e 47 meios aéreos.

A preparação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2016 teve em consideração, segundo o Ministério da Administração Interna, "um profundo trabalho de avaliação" da época de incêndios de 2015, pelo que foi feito "um enorme esforço" para garantir "um efectivo semelhante ao do ano anterior, quer em recursos humanos, quer materiais".

A partir de 15 de Maio, os meios de combate vão estar disponíveis de maneira faseada, estando na sua capacidade máxima entre 1 de Julho e 30 de Setembro – na chamada "fase Charlie".

A época mais crítica em incêndios florestais vai contar com 47 meios aéreos, enquanto nas restantes fases são 34 as aeronaves disponíveis.

Muito semelhante ao do ano passado, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais para 2016 garante a possibilidade de antecipar em 15 dias a operação dos aviões bombardeios pesados, podendo as seis aeronaves integrar o dispositivo nos primeiros dias de Junho em caso de necessidade.

A possibilidade de antecipar a operação destes aviões vai permitir, na opinião do Governo, "uma maior e mais eficiente capacidade de gestão destes meios".

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2016 é apresentado esta quinta-feira na Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), em Carnaxide, numa sessão pública que vai contar com a presença da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

No âmbito da preparação do DECIF, foram desenvolvidas 305 acções de treino já realizadas ou ainda a decorrer, envolvendo mais de 7.100 operacionais, dos quais cerca de 5.400 são bombeiros, formação que também abrangeu as Forças Armadas e a GNR.

Foi ainda dado especial enfoque "à segurança individual e colectiva no combate aos incêndios florestais, tendo por objectivo a minimização de vítimas".

Foram também "revistos e melhorados" os manuais auxiliares sobre segurança em operações de combate a incêndios, nomeadamente sobre meios aéreos.

A directiva financeira para o ano de 2016, no que toca às comparticipações de despesas resultantes de intervenções no âmbito dos dispositivos especiais em operações e estados de alertas especiais, encontra-se ainda a ser preparada.

Dos seis helicópteros Kamov do Estado, apenas três estão operacionais, encontrando-se um acidentado desde 2012 e outros dois em reparação, num valor de 8,8 milhões de euros.

Os dois Kamov que estão a ser reparados não devem estar operacionais para a próximo época de incêndios, mas o MAI afirma que a sua integração no DECIF será concretizado logo que a reparação esteja concluída.

Em 2015, ano em que a severidade meteorológica foi a terceira mais severa dos últimos 16 anos, a ANPC registou 15.505 ocorrências de fogo, que causaram 60.916 hectares de área ardida.

Comentários
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  • Antonio
    17 mar, 2016 Lisboa 22:09
    Podem começar a treinar fazendo a "prevenção no terreno Portugal precisa mais de jardineiros do que bombeiros.
  • Fields
    17 mar, 2016 Lx 11:15
    Faz-me uma certa confusão ver a GNR a "combater" incêndios... Ouvi dizer que apenas atuam no ataque inicial e depois retiram-se! Afinal qual foi a mais valia que a GNR veio trazer no combate aos incêndios (para além dos milhões do erário publico ganhos pelas empresas que equiparam os GIPS e dos "poleiros" criados para umas quantas patentes superiores que caso contrario não tinham colocação). E já agora alguém fez um levantamento e localização dos meios existentes nos mais de 400 corpos de bombeiros existentes no país para evitar duplicaçao desnecessária de meios destinados a intervenções específicas. E o que é que esse grupo faz fora da época alta que o SEPNA não fizesse. A propósito de meios aéreos cadê os kits caríssimos que dizem por aí ter sido adquiridos à uns anos para equipar os C130 para o combate aos incêndios, poderiam servir para algo, se não estiverem a apodrecer num lado qualquer. Isto da GNR querer meter o bodelho em tudo e mais alguma coisa menos naquilo que faz falta como por exemplo o patrulhamento devia acabar, basta de esbanjarem o dinheiro dos contribuintes na criação de grupos e serviços que em nada beneficiam quem os paga ou seja os contribuintes, ou será que a crise não é para todos. Duplicam funções dentro da própria força, duplicam funções da polícia marítima, duplicam funções dos bombeiros e etc. Ps.: Parece que agora também querem mais valências na área do ambiente, a julgar por uma proposta de um partido na Assembleia. Mais uma duplicaçao.

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