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Há mais de 50 mil professores em situação precária

28 mar, 2016 - 14:34

Fenprof alerta para o caso de docentes do ensino superior com ordenados de 500 euros e contratos de apenas quatro meses.

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Um em cada quatro professores trabalha em situação precária, segundo um levantamento feito pela Fenprof, que alertou para o caso de docentes do ensino superior com ordenados de 500 euros e contratos de apenas quatro meses.

"Existem 53.158 professores em situação de precariedade", num universo de quase 200 mil, revelou esta segunda-feira o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, referindo-se aos docentes das escolas públicas mas também das privadas desde o pré-escolar ao ensino superior.

É entre os educadores de infância e professores que dão aulas a alunos do ensino básico e secundário que existem mais casos de precariedade: são 16.273 docentes com contratos de trabalho.

Num universo de 120 mil docentes, estes 16 mil contratados representam "uma taxa de precariedade de 13,47%", sublinhou Mário Nogueira.

Cristela Rodrigues, de 35 anos, e Estela Esteves, de 47, são dois casos de professoras que deram o seu testemunho e revelaram pormenores da precariedade da profissão: Cristela tem 12 contratos anuais e Estela 19 e ambas continuam a ser colocadas longe de casa, ano após anos.

Segundo Mário Nogueira, existem mais de nove mil professores contratados com, pelo menos, dez anos de serviço e outros 300 na mesma situação e que dão aulas há mais de 20 anos.

Mas é entre os docentes do ensino superior que se encontram as mais elevadas taxas de precariedade, segundo Tiago Dias, representante da Fenprof responsável pelo Ensino Superior, afirmando que a precariedade afecta metade dos professores dos politécnicos.

No passado ano lectivo, existiam 7.281 professores a dar aulas nos institutos politécnicos e 11.735 nas universidades.

"A taxa de precariedade nas universidades é de 30% e nos politécnicos é de mais de 50%", contou Tiago Dias, dizendo que existem, respectivamente, cerca de 3.520 e 3.640 docentes precários.

"Há professores a quem estão a fazer contratos de três ou quatro meses e depois são renovados", denunciou o responsável da Fenprof, dizendo ainda que existem muitos docentes que estão a "auferir qualquer coisa como 500 euros por mês".

No ensino superior privado, o cenário traçado por Tiago Dias é ainda mais gravoso: "É muito pior. Não há regras. 66% dos professores estão a recibos verdes".

Para Mário Nogueira, a precariedade é "um problema dos professores, mas é também um problema social e das escolas, que afecta a organização das escolas mas também a qualidade do ensino".

Comentários
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  • Luque
    28 mar, 2016 Viseu 22:31
    Ó Ruca os sindicatos só falam de Função Pública!!!!!!!!!!!!!!! 650.0000 FP mais agregado familiar ascendente ou descendente, dá 2.800.000 de votos!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Quanto ás avenças dos sindicatos, pesquisa, são piores que a máfia, pelo facto tens o mário nogueira e outros iguais com mais de 30 anos na função, não digo trabalho!! Ruca tu és FP, por isso flas em preguiça, ausência de objectivos, competência.................... para te elucidar, os FP tem 13% de ausência ao trabalho por doença, a privada 2,3%. Ó ruca a FP e o PS são a mesma mosca!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Quando quiseres eu explico as "avenças". O mais cego é aquele que não que ver!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! A despesa pública "mama" 70% dos impostos!!!!!!!!!!!!!!!! Como trabalhas na FP não entendes, mas eu explico, conheces alguma empresa que funcione com 70% dos custos em salários?! Porque achas que a gasolina/gasóleo aumentou 8 vezes em 3 semanas???Porque achas que as cartas de condução têm de ser renovadas de 5 em 5 anos??????????? Para pagar aos FP!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • jose
    28 mar, 2016 porto 21:39
    solução Fazer filhos para aumentar a população estudantil
  • nuno
    28 mar, 2016 faro 16:48
    bem vindos ao Portugal real! Mas os profs são especiais?
  • José António
    28 mar, 2016 Setubal 16:45
    Lei da oferta e da procura!!! Se estão mal, sigam os conselhos dos políticos portugueses, ...."usem mais os transportes públicos, deixem de fumar e moderem o recurso ao crédito, ou então, saiam da vossa zona de conforto e emigrem!"
  • ruca
    28 mar, 2016 leiria 16:38
    Ó Luque se essas pessoas de que falas, não eram sindicalizadas, problema delas, havia de certeza sindicatos para aderir. O tuga é que se lembra se sta. Bárbara só quando troveja. Em relação aos sindicatos terem "avenças" públicas" andas a leste da realidade, é melhor deixares de ser preguiçoso e pesquisar, é só uma hora que ganhas à tua vida mediocre .
  • Fernando Soares
    28 mar, 2016 Setubal 16:34
    Grande País
  • JoseGomesL
    28 mar, 2016 JoseGomes 16:17
    Há 36 anos à frente do sindicato como um fascista agarrado ao poder, e este mário nogueira deixou estes profes nesta situação? Além de fazer greves politicas afinal não passa de um falhado tal como todos os esquerdalhos que levam sistematicamente Portugal à bancarrota.
  • Luque
    28 mar, 2016 Viseu 16:08
    Em Viseu mais de 200 PME deram falência, lançando milhares de trabalhadores no desemprego, com idades entre os 20 e 60 anos! Alguns mudaram de trabalho outros estão no desemprego. Não estão sindicalizados, não tiveram quem os defenda, com familias e despesas fixas lutam diáriamente para o seu sustento. Compreendo os professores, mas a situação precária é relativa, comparativamente aos demais! Os professores, para isso basta tirar um curso, tem 9 meses de trabalho efectivo, horário completo de 21 horas e 14!? sindicatos, pagos a 80% das despesas pelo erário público para os defender!!!! A ditadura dos sindicatos, o Mário Nogueira e outros já têm mais de 30 anos no poder, vergonhoso, e só têm queixas, numa profissão em que diminuiu a responsabilidade, menos exames, menos avaliações e agora com menos alunos querem garantir o mesmo numero de profissionais. Tenham vergonha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • Isabel
    28 mar, 2016 Lisboa 16:02
    Já avisei a empregada cá de casa que não aceitasse qualquer oferta para leccionar no ensino superior porque ia perder dinheiro. Trabalhando na minha casa há uns anos, tem ainda direito a subsídio de férias e de Natal.
  • maria
    28 mar, 2016 lisboa 16:02
    é preciso exigência na qualidade dos professores, que se atingiria com provas escritas mas a fenprof é daqueles sindicatos que insultam as pessoas que não concordam com eles

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